Reunião discutiu condições de trabalho no HMSJ

Reposição poderá ser feita no sétimo dia. Foto: Francine Hellmann
Reposição poderá ser feita no sétimo dia. Foto: Francine Hellmann

Na manhã de ontem (17/7), diretores do Sinsej reuniram-se com o presidente do Hospital Municipal São José, Marcos Krelling, e representantes do governo. Discutiu-se a adaptação de um local adequado para os servidores que trabalham 12 horas e a reposição de horas da greve. Além disso, o sindicato solicitou a elevação do valor do adicional de insalubridade para quem trabalha com pacientes isolados e um estudo sobre a exposição à radiação na UTI e no Centro Cirúrgico.

Descanso

Em 21 de fevereiro a administração do São José se comprometeu a viabilizar locais mais adequados para o descanso dos servidores que cumprem uma jornada de 12 horas. Na oportunidade, um prazo de 60 dias foi estipulado, mas até o momento nada foi feito. Na reunião de ontem, os diretores do Sinsej denunciaram situações como a dos servidores do pronto socorro, que têm descansado em um local rodeado de armários, na entrada de um banheiro e vigiados por uma câmera.

A administração do hospital alegou falta de dinheiro e de espaço para atender a reivindicação. Na próxima semana um diretor do Sinsej acompanhará representantes da direção aos lugares hoje improvisados para ajudar a encontrar soluções. Porém, na reunião de hoje os sindicalistas frisaram que é preciso disposição do São José em investir financeiramente na questão.

Reposição da greve

O Hospital São José é o único local de trabalho que havia proibido os servidores de reporem horas da greve em dias de folga. No encontro de ontem esta restrição foi derrubada.

A direção do hospital vinha proibindo a prática para que não fossem geradas reposições em dobro no sétimo dia de trabalho. Porém, os próprios procuradores do município presentes na reunião orientaram a direção do São José a permitir o pagamento de horas nestes dias. Eles lembraram que, de acordo com a lei, a reposição deve ser feita em serviços à municipalidade, o que permite o trabalho em outros setores.

Outras reivindicações

Os diretores do Sinsej também entregaram dois ofícios ao presidente do São José solicitando:

1) O pagamento da porcentagem máxima de adicional de insalubridade – 40% sobre o salário mínimo nacional – para os servidores que trabalhem com pacientes em isolamento. Esta é uma determinação federal, contida na Norma Regulamentar 15 do Ministério do Trabalho.

2) A aferição da radiação a que são expostos os trabalhadores da UTI e do Centro Cirúrgico, pois nestes setores são usados aparelhos móveis de Raio X.

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