Carta Manifesto escrita pelos professores grevistas da EM Enf. Hilda Anna Krisch

Lembra das pessoas que prepararam o conteúdo das aulas que auxiliaram a desenvolver seu conhecimento, que despertaram sua curiosidade a respeito de um assunto e que te motivaram a seguir um caminho: Teus professores!? Sim, pois são “teus”, da mesma forma que uma pedra no calçamento faz parte da estrada. Estes homens e mulheres, professores, ensinam, educam, corrigem, tiram dúvidas, elaboram projetos, desenvolvem planejamentos adaptados para a inclusão de crianças com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, transtornos funcionais e outras necessidades específicas, inclusive fora do horário de trabalho. Além disso, fazem o papel de psicólogos, família, confidentes, conselheiros, enfermeiros e agentes de saúde. E com seus alunos sonham, choram e sorriem, muitas vezes, cansados e tristes, guardam seus problemas pessoais no bolso, preocupando-se somente com o deles. Mesmo que tudo isso seja para, em média, 35 alunos por sala para atender com amor, carinho e responsabilidade. Entretanto, quando reivindicam seus direitos, são tachados de vadios, de forma pejorativa e até agressiva. E recebem como proposta nem o mínimo necessário para as suas próprias necessidades. Ou valorização do profissional de educação é um aumento de 70 centavos na hora/aula? Ou um auxílio alimentação, com um aumento de 37 reais, para menos da metade dos professores? Isso é valorizar? Qual a empresa exige exames, que custam cerca de oitocentos reais,  para tentar conseguir o emprego? Que não oferece um plano de saúde? Que exige que seu funcionário trabalhe, na maioria das vezes, sem condições adequadas? E, se descontente, este funcionário optar por pedir demissão (exoneração), não terá direito a nenhum benefício concedido pelas leis trabalhistas (FGTS, rescisão de contrato, horas extras…), mesmo depois de anos de serviços prestados à comunidade? Apresento a vocês: Essa empresa se chama PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE.

Desculpe, isso é descaso! Greve, infelizmente, até conseguirmos o que é de direito!

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