A eterna vítima: resposta às declarações de Carlito

Publicado na coluna Portal, do Jornal A Notícia, em 10/6
Publicado na coluna Portal, do Jornal A Notícia, em 10/6

As declarações recentes de Carlito Merss são mais uma prova da mediocridade política em que se meteu o ex-prefeito da cidade e ex-deputado federal. Carlito passa anos sem expressar qualquer opinião sobre os problemas relevantes da cidade. Não se manifesta sobre o transporte público (será porque terminou o mandato reconhecendo dívidas milionárias com as empresas que no passado combatia?), não debate a limpeza pública e coleta de lixo (será porque no apagar das luzes de seu mandato renovou a concessão sem qualquer licitação?), não cita os problemas na educação e saúde (que fez em seu governo para avançar na estrutura do atendimento à população?)…

Carlito passou quatro anos do seu mandato queixando-se. Queixou-se da oposição. Queixou-se da imprensa. Queixou-se do sindicato. Ao invés de assumir a responsabilidade que lhe foi confiada, acovardou-se sobre cada questão relevante e polêmica na cidade.

Agora, três anos após sua derrota nas eleições para Prefeito, vem queixar-se e opinar sobre a Campanha Salarial dos servidores. Pra começar, Carlito não é a melhor referência para opinar sobre negociação entre Prefeitura e sindicato. Negociação que nunca existiu em seu governo.

Havia uma expectativa enorme do povo trabalhador no governo Carlito. Parecia que, enfim, a classe trabalhadora da cidade teria como se apoiar no Executivo para continuar sua luta pela emancipação. Carlito negou aos trabalhadores essa perspectiva. Perspectiva essa longe de existir no governo Udo. Por isso a necessidade de continuar organizando pela base, com total independência frente aos governos.

Carlito erra, portanto, no essencial. Ignora as bases. Ignora a população. Ignora os servidores públicos. Tenta atribuir toda a vontade e movimento dos servidores a uma pessoa. Como se milhares de servidores não pensassem por si mesmos e não expressassem sua opinião nas assembleias e nas ruas. Por ignorar a voz do povo trabalhador, afundou seu governo no descrédito e no ridículo.

Uma postura lamentável. Esperávamos atitude, coragem, ousadia. Ao optar pela imagem de vítima constante de “conspirações” e “perseguições”, Carlito revela o que é na essência: uma vítima de si mesmo.

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