Luta coletiva garante manutenção da Casa Viva Rosa pública

Representantes do Sinsej, do CDH de Joinville, do Conselho Municipal da Mulher de Joinville e servidores em reunião com Secretário de Assistência Social do município, Vagner Oliveira

A suspensão do processo de terceirização da Casa Viva Rosa, espaço público que abriga mulheres, crianças e adolescentes em situação de violência e sob risco de morte, foi anunciada pelo governo municipal durante reunião realizada na segunda-feira, 14 de outubro, na Prefeitura de Joinville. A decisão foi resultado da luta organizada pelo Sinsej, junto aos servidores, ao Centro dos Diretos Humanos de Joinville e a entidades dos movimentos sindical e social, com objetivo de manter a Casa e o Abrigo Infanto Juvenil sob gestão pública municipal.

De acordo com o Secretário de Assistência Social, Vagner Oliveira, a Prefeitura não vai terceirizar a casa Viva Rosa, neste ano. Palavras que nos mantêm alertas e indica a necessidade de continuar a luta.

Profissionais e acolhidos do Abrigo realocados
No entanto, o Abrigo Infanto Juvenil já passa por mudanças e no dia 15, os servidores começaram a ser realocados para outros setores e as crianças foram transferidas já no dia 14. Conforme o secretário, 10 foram transferidas para a Casa Lar da Adipros, outras quatro voltaram  para suas famílias e outra seguiu para um lar adotivo.

O Sinsej aguarda parecer do Ministério Público do Estado de Santa Catarina sobre o pedido de inquérito civil sobre o processo de fechamento do abrigo para reverter o caso. Além disso, vai fiscalizar as ações do governo e da organização social sobre o acolhimento das crianças e lutando contra a terceirização dos serviços públicos.

No Abrigo, as crianças e adolescentes contavam com psicólogo, assistente social, cozinheiras e 18 educadores, enquanto na casa Lar vão poder contar com apenas uma mãe e um pai social e dois técnicos administrativos, resultando num grande retrocesso social. Ao invés de ampliar as vagas e o atendimento, o prefeito Udo Döhler tem como objetivo a precarização dos serviços e das políticas públicas para quem é vítima de violência e vulnerabilidade.

Outdoors estão dispostos em três pontos na cidade com objetivo de dialogar com a população sobre a importância do serviço público.

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