Prefeito Udo nega novamente reunião com Sinsej: Solução é ampliar GREVE

Nova Assembleia Geral está marcada para sexta-feira (21)

Numa demonstração de profundo desrespeito com o trabalhador e com quem usa o serviço público, o prefeito Udo Döhler continua negando receber o Sinsej para negociação da campanha salarial antes de 16 de março. A resposta veio do Secretário de Governo, Afonso Fraiz, à comissão formada por diretores sindicais e representantes por local de trabalho que solicitou ser atendida pelo prefeito neste segundo dia de greve e em meio à Assembleia Geral que estava sendo realizada. Fraiz também afirmou que o prefeito não está disposto a retirar o projeto referente ao Ipreville (PLC 03/2020) da Câmara de Vereadores de Joinville.

A posição do prefeito gerou desconforto a alguns vereadores da base governista, que tiveram que ouvir as palavras de ordem e vaias das centenas de servidores que lotaram a Câmara para acompanhar a reunião da Comissão de Legislação, Justiça e Redação que debatia o Projeto de Lei Complementar 03/2020. Os servidores deram o recado aos vereadores de que não aceitam o aumento da alíquota de contribuição ao Instituto.

Na tribuna, a presidenta do Sinsej, Jane Becker, questionou o suposto déficit atuarial que a Prefeitura e o presidente do Ipreville alegam existir no fundo do Regime Próprio de Previdência e solicitou a rejeição do PLC, assim como a realização de uma auditoria e de uma audiência pública para discutir as contas do Instituto.

O prefeito e o presidente do Ipreville querem se valer da Emenda Constitucional 103, da Reforma da Previdência para aprovar o aumento. A lei 8129/2015 garantiu o pagamento parcelado do déficit em 2015 através do recolhimento do ICMS e Fundo Público Municipal na fonte. Ou seja, o suposto déficit foi negociado e seria ilegal passar essa conta para nós, servidores. A lei deve ser lida e interpretada na íntegra e não permite que o servidor pague pela dívida, disse ela.

Irresponsabilidade
Ignorando o movimento paredista que já completa dois dias e a urgente necessidade de resolver esse impasse criado pelo prefeito com trabalhadores, assim como declarações contrárias ao texto por parte dos vereadores Rodrigo Fachini, Odir Nunes, Jordao e Maurício Peixer, o presidente da Comissão e relator do projeto, Richard Harrisson, decidiu de maneira unilateral manter a tramitação e estabeleceu 30 dias para apresentar o próprio relatório. Depois de proibir a entrada de alguns servidores ao plenário, essa  foi mais uma ação anti-democrática que  vereador, que  é da base do governo, encontrou para tentar desmobilizar a categoria e não sair vencido, já que o projeto estava quase sendo reprovado na Comissão.

Ampliar a GREVE
Hoje,tivemos a adesão de mais de 1100 servidores na GREVE. Esse número está aumentando e deve crescer ainda mais. A categoria tem só uma saída para reverter esse golpe: fortalecer essa luta e ampliar esse movimento.

Nova assembleia geral está marcada para dia 21
Em decorrência dessa nova situação, uma nova Assembleia Geral dos servidores será realizada nesta sexta-feira, dia 21, às nove horas da manhã, em frente à Prefeitura. Após, esta programada uma caminhada pelas ruas centrais da cidade. O objetivo é dialogar com a população e mostrar que estamos em luta por direitos e por mais concurso público para um serviço público gratuito e de qualidade.

Agenda da GREVE

Nesta quinta-feira, 20, às 7h30, teve reunião do Comando de Greve. Quem não compareceu, pode se fazer presente na barraca do Sinsej, em frente à Prefeitura.

Participe! Vamos vencer juntos essa luta!

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