Após tentar imputar derrota ao Sinsej, Novo toma invertida dos servidores de Joinville e exclui publicação

Após a reunião da Comissão de Legislação, Justiça e Redação que aprovou a admissibilidade dos projetos de reforma da Previdência, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) realizou uma grande assembleia com a categoria para definir os próximos passos da mobilização. Por maioria, os servidores decidiram manter o estado de greve, com novas paralisações assim que os projetos forem à votação nas próximas comissões da Câmara de Vereadores.

O resultado da assembleia do Sinsej, para quem está acostumado com processos democráticos, não causa nenhuma surpresa. O partido do prefeito Adriano Silva, no entanto, quis tentar imputar à presidenta do Sinsej, Jane Becker, uma “derrota histórica”. Em sua página no Facebook, o Novo de Joinville publicou um card tentando colocar os servidores contra o sindicato, mas a categoria respondeu à altura, dando uma invertida no partido do prefeito que quer destruir o direito à aposentadoria dos trabalhadores. 

Em menos de 24 horas após a postagem, depois de receber uma enxurrada de comentários contrários à postura do partido, o Novo de Joinville excluiu a publicação, afirmando que sua intenção “é trazer vitória (e recursos) ao povo joinvilense”. A publicação só foi apagada, na verdade, por conta das manifestações dos servidores públicos de Joinville que não aceitam a reforma nem o comportamento antidemocrático do prefeito e de seu partido.

Para a presidenta do Sinsej, Jane Becker, a postura do diretório municipal do Novo só demonstra que o partido não está acostumado com a democracia. “Duas propostas foram apresentadas e debatidas pelos servidores, que, de forma organizada, com tempo para debate e deliberação, decidiram pelo estado de greve. Isso pode não ser comum nos diretórios do Novo, mas os sindicatos e a classe trabalhadora se organizam desta forma: com democracia e ampla participação dos envolvidos”, respondeu Jane.

O resultado da assembleia, que contou com a participação de mais de 500 servidores públicos, não representou uma derrota ao Sinsej, mas mais uma demonstração da disposição de luta que a categoria tem para enfrentar o prefeito Adriano Silva e seu partido e barrar a reforma da Previdência. Por isso, o sindicato e a categoria permanecem unidos, atentos e mobilizados e exigem a retirada dos projetos de reforma da Previdência.

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