3° Congresso do Sinsej aprova e leva ao debate tese Servidor em Luta

O 3° Congresso do Sinsej começou neste dia 11 de novembro em Joinville, com café e boa música para aquecer os corações dos 60 delegados e convidados presentes que iniciaram os debates sobre as lutas futuras da categoria. Diferente dos outros congressos, mesmo sem ter a liberação do ponto nos locais de trabalho, foi grande a vontade de cada uma e cada um para estar nesse evento e a direção do Sindicato reconhece e agradece essa iniciativa.

Depois de uma homenagem à ex- dirigente do Sinsej, Cláudia Santos que faleceu em março em decorrência da covid-19, e a todas as mais de 610 mil vítimas da doença, a presidenta do Sindicato, Jane Becker, coordenou a mesa de abertura do evento. Ao entregar placa de homenagem à família de Claudia, Jane lembrou que a conheceu nas lutas nem sempre relativas ao setor da saúde, pois era ciente que era preciso defender os direitos da categoria como um todo.

A mesa teve a presença de Anna Júlia Rodrigues, (CUT/SC), Luiz Carlos Vieira e Osvaldo França (Sinte/SC), Juçara Rosa (Confetam e Fetram/SC), Jean Penha (Sindipetro PR/SC) e Gisleny Rondon (Sindibarra) e Wanderlei Monteiro (Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville). Ao comentar sobre os atuais 14 milhões de desempregados e 30 milhões de brasileiros na linha da miséria, Anna Júlia afirmou que é preciso fortalecer ainda mais o combate à reforma administrativa que está em pauta no Congresso Nacional. O que estamos vivendo agora, começou com o golpe contra a presidenta Dilma Roussef, em 2016.

Juçara Rosa disse que para enfrentar esse difícil momento que estamos vivendo é preciso estar nas ruas, nosso lugar histórico de lutas.

A partir da defesa das duas teses apresentadas ao Congresso, a maioria dos delegados aprovou por dar seguimento ao debate da tese Servidor em Luta, nos três grupos de trabalho ao longo da tarde com discussões temáticas sobre as conjunturas nacional, estadual e municipal, balanço da atual gestão e os planos de lutas da categoria.

Organizações Sociais e terceirização

O primeiro dia do evento também teve palestra da diretora da Confetam, Fetram/SC e Sintrasem, Juçara Rosa, e debate acerca das Organizações Sociais e terceirização nos serviços públicos.

Partindo da experiência das lutas dos servidores públicos municipais de Florianópolis, São Paulo, nos estados de Santa Catarina, Alagoas, Juçara levantou denúncias da tentativa de governos implantarem a administração de estabelecimentos da saúde, principalmente. Com nomes bonitos, as OSs e Oscips – organizações do terceiro setor – são a porta aberta da corrupção, da desvalorização do serviço público e das terceirizações, como também são o objetivo da reforma administrativa do governo Bolsonaro. Depois do governo Udo Döhler (MDB) que fechou o Abrigo Infanto Juvenil para transferir sua administração para uma organização do terceiro setor, o atual prefeito Adriano Silva (Novo) por sua vez, já está implementando esse tipo de terceirização.

A diretora do Sindicato, Flávia Veiga, falou dos riscos de contratação de OS para administrar uma creche municipal.

Giane Maria de Souza, delegada e servidora na Secretaria de Cultura, diz que precisamos ficar alertas, pois essas organizações envolvem muitos políticos que estão no poder.

Jane finalizou as atividades da tarde com questionamentos sobre as pretensões do governo estadual de retomar o repasse dos órgãos públicos para essas organizações, mesmo após as experiências desastrosas no SAMU, no Hospital de Araranguá e Hospital Florianópolis.

A direção do Sinsej está alerta e segue na defesa dos serviços públicos, valorização e direitos dos servidores.

O segundo dia de Congresso aguarda o resultado das discussões levantadas.

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