Assembleia aprova prestação de contas 2010

Servidores lotaram auditório na assembleia de prestação de contas

O Sinsej teve sua prestação de contas 2010 aprovada na noite de ontem (31/3) pela grande maioria dos presentes. Cerca de 150 pessoas compareceram na sede do sindicato. A prestação de contas levantou receita de R$ 1.339.292 e despesa de R$ 1.187.309, dando um saldo de R$ 151.982 no dia 31 de dezembro de 2010. Na atividade, a atual direção também apresentou o resultado da auditoria realizada na entidade. O estudo apontou um prejuízo de mais de R$1,1 milhão causado pela gestão 2007/2010. A direção do Sinsej já encaminhou ações judiciais criminais e cíveis contra a antiga gestão a fim de responsabilizar os envolvidos.

As medidas judiciais tratam de fatos apurados pela auditoria desde 2007. Estão na lista: empréstimos de R$ 489.345,40 a diretores e sócios além dos índices permitidos para consignação; parcelamento irregular de R$ 49.211,20 de débitos com diretores; R$ 326.053,00 utilizados como ajuda de custo para os diretores; o sumiço de R$ 6.043,59 do caixa do sindicato; R$ 207.378,27 em empréstimos duvidosos para a farmácia Sempre MED (antiga farmácia sediada no sindicato), sem confirmações de reembolso.

Para cada situação será proposta uma ação específica. Referente ao sumiço de valores do caixa, responderão os antigos presidente e tesoureiro, Adilson Correa e João Batista Balsanelli, por serem os responsáveis diretos pelos cofres da entidade. Para a situação das ajudas de custo, cada ex-diretor beneficiado deverá responder. São eles: Adilson Correa, Adriano Correa Portugal, Clarice Maria Vieira, Eder Paul, Gilmara dos Santos, Jaci Manoel Amandio, João Batista Balsanelli, Juciana Bittencourt da Silva, Odenir Dagoberto de Lima. Sobre os empréstimos concedidos irregularmente à farmácia, toda a antiga direção será chamada a responder: Adilson Correa, Clarice Maria Vieira, Odenir Dagoberto de Lima, Juciana Bittencourt da Silva, João Batista Balsanelli, Eder Marques, Eder Paul, Gilvan Rodnei Gessner, Maria Matilde M. Federico, Cláudio Manoel Bernardes, Joana Helena Fismer Gastaldi, Paulo Sérgio Pacheco, Oséias Carlos Machado, Júlio César Schneider, Gilmara dos Santos, Adriano Correa Portugal, Jaci Manoel Amandio, Ivanet Rosa Riegel, Leoberto Vieira e Doris Moraes Castro.

A campanha salarial também foi pauta da assembleia. O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, informou aos servidores a situação da negociação que ainda não saiu do zero. O presidente afirma que a falta de diálogo do Prefeito com a categoria é apenas indisposição política. “Para o Prefeito a situação é muito cômoda. Enquanto não mostrarmos que estamos realmente mobilizados ele dificilmente apresentará alguma proposta só por boa vontade”, defende. Ulrich usa o exemplo de outras cidades da região, onde o executivo percebeu a organização dos servidores e se antecipou concedendo reajuste acima da inflação.

Está marcada para o dia 12 de abril uma reunião com os representantes dos locais de trabalho. O mesmo dia também foi escolhido como limite para a prefeitura se manifestar sobre a pauta de reivindicações. Caso o Prefeito não dê respostas, o conselho de representantes deve definir uma data para assembleia geral para a possível aprovação de estado de greve.

Além das novas reivindicações, o prefeito ainda não cumpriu sequer os acordos do final da greve de 2010. O vale-alimentação deveria ter entrado em vigor já no mês de janeiro, mas se passaram 91 dias e não há nenhuma resposta da Prefeitura. O projeto das diárias para viagens também está atrasado. O prazo era 30 de setembro, e desde o dia 4 de fevereiro não se tem mais notícias da situação do projeto.

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