Privatizações no Hospital Municipal São José

Com um número reduzido de servidores, o setor de manutenção do Hospital Municipal São José (HMSJ) corre risco de extinção. São pintores, marceneiros, eletricistas, mecânicos, técnicos em refrigeração ou eletrônica, entre outros, que desenvolvem atividades com todos os níveis de complexidade e convivem com o risco da privatização.

Há muito que esses trabalhadores vêm sofrendo com a precarização, por meio do descumprimento de normas técnicas, falta de materiais e equipamentos. Em 2010, após anos sem investir um único centavo no setor, a direção do hospital entregou a manutenção de equipamentos biomédicos para uma empresa privada sob a justificativa de melhorar a qualidade do serviço. Em seguida, o hospital enviou à Câmara de Vereadores um projeto extinguindo o cargo de técnico em eletrônica e a manobra só foi impedida pela luta da categoria. Nos dois últimos concursos públicos não houve abertura de vagas para a manutenção, nem mesmo para reserva técnica ou reposição de trabalhadores aposentados, doentes ou que saem do quadro funcional.

Como era previsto, hoje há falta de profissionais no setor e impossibilidade legal de contratação, já que não houve concurso. A tática do governo é conhecida e visa entregar definitivamente os serviços à iniciativa privada. Este problema não atinge apenas os servidores do setor, mas a toda categoria, pois mostra a política escolhida pelo governo. A defesa do serviço público significa a manutenção de um atendimento gratuito e de qualidade para a população, bem como a preservação dos postos de trabalho e da previdência dos servidores.

Trabalhadores e comunidade sofrem com a precarização. Foto: Francine Hellmann

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