Magistério constrói proposta de Calendário Escolar
Os servidores do magistério de Joinville reuniram-se em assembleia para definir a proposta dos trabalhadores para o calendário escolar de 2013. O encontro foi na quinta-feira (18/10). Agora, o Sinsej agendará uma audiência com a Secretaria de Educação (SEC).
No início da semana passada a secretaria divulgou antecipadamente a proposta da prefeitura. Normalmente este anúncio acontece em novembro.
A assembleia deliberou por alterações na proposta da SEC baseando-se, principalmente: 1) Na unificação do calendário entre escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs). 2) No respeito à Lei de Diretrizes Básicas para a Educação (LDB), no que tange à previsão de 800 horas de trabalho anual divididas em 200 dias de efetivo trabalho escolar.
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, lembrou que até 2011 a secretaria não considerava “efetivos dias de trabalho escolar” as reuniões pedagógicas e os conselhos de classe. No calendário apresentado pela SEC este ano houve avanços decorrentes da organização dos trabalhadores. Porém, os três primeiros dias de trabalho antes do início das aulas não estão sendo computados. Isto causa uma diferença no total de dias letivos, que ao invés dos 201 somados pela secretaria, são 204.
Além destas modificações, o Sinsej fez pequenas correções de digitação, pois no calendário da prefeitura havia 31 de setembro e dois dias 8 em agosto. Os dias “da família na escola” foram retirados da programação e a proposta da categoria é que eles sejam realizados durante a semana.
Desta forma, a proposta final dos trabalhadores soma 200 dias letivos. Também houve modificações nas datas de reuniões pedagógicas, para que ocorra uma em cada trimestre do ano.
Centros de Educação Infantil
A proposta formulada pelos trabalhadores para os CEIs procura garantir a isonomia entre os professores de séries iniciais e ensino fundamental. Nela, os educadores voltariam às aulas em 14 de fevereiro, teriam duas semanas de recesso total em julho e entrariam em férias a partir de 17 de dezembro.
Opinião do Sinsej sobre o “dia da família na escola”
A imposição de dia da família aos sábados, bem como a abertura de CEIs em janeiro e no recesso de julho nada agregam, de fato, à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Ela não tem a ver com o desenvolvimento cognitivo dos alunos, mas com uma resposta ao senso comum, onde as pessoas veem com bons olhos se a escola funciona por mais tempo. Além disso, estas medidas respondem aos interesses das empresas, para que as mães trabalhadoras tenham onde deixar seus filhos. “Infelizmente, os gestores da educação, ao invés de criar os mecanismos para libertar as pessoas do sistema, passivamente subjugam a escola, adaptam-na à necessidade das empresas”, explicou Ulrich. “Mais uma vez, não é o ser humano que importa e, sim, que a fábrica não pare”.
Confira abaixo as propostas da SEC e as reformuladas pelos trabalhadores:
Ensino Fundamental – Proposta dos trabalhadores
Ensino fundamental – Proposta da SEC
Educação Infantil – Proposta da SEC