Direito de descanso é reconhecido no Zequinha

O Sinsej conseguiu avançar na reunião acontecida nesta tarde (21/3) com a direção do Hospital São José sobre a questão do descanso dos servidores que trabalham 12 horas. Foram duas horas de discussão sobre a importância de um ambiente humanizado para os trabalhadores. A conversa foi motivada por uma ordem que fechou esta semana o lugar onde os funcionários do setor do pronto socorro relaxavam nos intervalos da sua jornada.

Os trabalhadores alertaram o sindicato na segunda-feira sobre uma possível atitude de fechamento do lugar de repouso. Na quarta-feira a ameaça havia sido realizada. Mas não foi disponibilizada nenhuma estrutura substituta.

“O conforto – como é chamado o lugar de descanso – é uma decorrência de uma dinâmica de jornada de trabalho e salário do servidor”, explicou o diretor sindical Jean Almeida à direção do hospital, “por isso a remoção desse ambiente tem uma série de consequências na vida do trabalhador e de sua família.”

Jean também destacou que a questão jurídica é favorável a esse direito. Mas o sindicato quer resolver o problema em nível administrativo. Por isso, o Sinsej apresentou propostas práticas, que foram aceitas pela direção. Dessa forma: o hospital reconhece o direito de descanso de todos os setores que cumprem 12 horas; a direção do São José se compromete a entregar uma proposta oficial que viabilize a estrutura para um descanso de qualidade em 60 dias.

Mas também foi lembrado que os trabalhadores não podem ficar abandonados enquanto o problema não é resolvido definitivamente. “Se a direção do hospital entrou em acordo com o sindicato sobre o conforto, precisa organizar medidas provisórias o mais rápido possível para atendê-los”, afirmou na reunião o representante dos trabalhadores no Zequinha, Tarcisio Tomazoni. Ele cobrou ainda que fossem contemplados setores que historicamente improvisam seu momento de descanso. A direção do hospital se comprometeu com a sugestão.

Os diretores do Sinsej percorrerão o São José nesta noite convocando uma assembleia dos servidores para repassar os detalhes da reunião e o que foi decidido.

Além da questão do conforto, a reunião também debateu sobre a climatização, a falta de água e a regulamentação do pagamento do sétimo dia em dobro. Sobre as duas primeiras questões, a direção do hospital afirmou estar aplicando medidas para solucionar os problemas nos próximos dias. Quanto ao sétimo dia, fará um estudo para dialogar com o sindicato a melhor forma de fazer cumprir a lei.

Reunião reuniu diretores do hospital, chefias, representantes de local de trabalho e o Sinsej Foto: Johannes Halter

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