Servidores apresentam contra-proposta
Os servidores públicos em greve aprovaram uma contra-proposta nesta manhã (22/5) para que a Prefeitura de Joinville retome as negociações. Também foi decidido reforçar a mobilização por meio dos comandos de greve. Na tarde de hoje, às 17 horas, a categoria está chamada a participar da sessão da Câmara de Vereadores. O projeto de lei sobre o reajuste salarial teve sua votação adiada ontem. Porém, existe a possibilidade de uma manobra burocrática levar o documento para votação ainda hoje.
A contra-proposta da categoria mantém os pontos da Pauta de Reivindicações da categoria, mas abre a possibilidade de negociação sobre os itens mais delicados da lista. A nova sugestão prevê a reposição completa da inflação retroativa a 1º de maio, mas possibilita a concessão do ganho real parcelado até dezembro deste ano.
O vale alimentação é outro ponto que teve modificação. A proposta inicial cobrava a imediata universalização do benefício e sua equiparação ao valor de R$ 411, pago na extinta Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb). Agora os grevistas propõem que a prefeitura apresente como pode atender ao pedido – se por etapas, se ampliando gradativamente e em quanto tempo.
Abono dos dias em greve
Além dos itens iniciais das reivindicações, a assembleia desta amanhã reforçou a cobrança do abono dos dias paralisados. Assim que as negociações forem retomadas, essa questão será colocada em discussão como condição para que os servidores retornem aos seus locais de trabalho.
Todas as atitudes do Sinsej e da categoria mobilizada reforçam a disposição em se chegar a um acordo que coloque fim à greve. A parte que tem se mostrado negligente com o atendimento da população é a do governo Udo Döhler (PMDB), pois fechou o canal de diálogo no último sábado e ignora os pedidos de audiência feitos pelo sindicato.
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, deixou claro nesta manhã que os trabalhadores estão em assembleia permanente. Isso significa que, diante de uma proposta digna feita pelo prefeito, os grevistas podem imediatamente convocar uma assembleia e aprovar o retorno aos trabalhos. Está nas mãos da prefeitura solucionar os problemas que a população enfrenta e que foram agravados pelo movimento de greve imposto pela administração municipal.