Paralisação em Garuva faz negociação avançar
Os servidores públicos do município de Garuva fizeram história na última segunda-feira (14/4). A categoria realizou sua primeira paralisação. Eles cobravam um posicionamento da Prefeitura em relação à pauta de reivindicações enviada pelo sindicato. O resultado deste dia dedicado à luta foi a garantia da negociação.
A primeira reunião entre Prefeitura e sindicato, que aconteceu ainda na segunda-feira, definiu um cronograma de cinco reuniões para debater a pauta de reivindicações. O documento foi entregue ao prefeito no dia 13 de março e até a paralisação não havia sido respondido. O próximo encontro para negociação acontece já no dia 15 de abril. Após o debate de todos os itens da pauta, será convocada nova assembleia geral da categoria.
Junto com a definição da série de rodadas de negociação, também foi conquistado o abono do dia de paralisação. Ou seja, nenhum servidor que participou da movimentação de segunda-feira terá o dia descontado.
Nos dias anteriores à paralisação, a Prefeitura tentou intimidar os servidores falando que o Sinsej não seria o representante legal dos servidores de Garuva. Contudo, o próprio governo recebeu os trabalhadores e a direção sindical para iniciar a negociação. Com isso, fica claro que o Sinsej tem, sim, legitimidade na representação dos servidores dessa cidade.
Além dos avanços na negociação, o dia de paralisação também serviu para aproximar a categoria e explicar as falsas acusações feitas pela Prefeitura. Segundo o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, as afirmações por parte do Executivo sobre a legalidade do movimento não passam de uma estratégia para intimidar os trabalhadores. “É a organização e a unidade que dão legitimidade ao movimento e às reivindicações”, afirma.
O dia de paralisação contou com a concentração dos servidores em frente à Prefeitura e também com uma passeata pelas ruas centrais de Garuva. Cerca de 80 pessoas participaram das movimentações.
A participação dos servidores nas atividades da categoria é fundamental para o sucesso da campanha salarial, como enfatiza o diretor sindical Tarcisio Tomazoni Júnior. “O que determina se um sindicato é forte são os trabalhadores que o mantêm.”
Leia o termo de abertura das negociações, onde o prefeito se compromete a abonar o dia paralisado