Derrota da terceirização na saúde mais perto
Os trabalhadores do serviço público de Joinville conseguiram uma vitória semana passada. Foram semanas batalhando contra os projetos com características de terceirização do setor da saúde. Na quarta-feira (23/4), finalmente, a Prefeitura abriu diálogo sobre o assunto.
Na terça-feira, o Sinsej e o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde-SC) mobilizaram servidores para a Câmara de Vereadores. A expectativa era os parlamentares colocarem os projetos 66/2014 e 67/2014 em votação no mesmo dia.
Os vereadores da base do governo procuraram os diretores do Sinsej antes da sessão. Queriam conversar sobre a possibilidade de um acordo, já solicitado pelo sindicato. Dessa forma, os projetos foram retirados da pauta do dia. Uma reunião foi marcada para quarta-feira.
Reunião em busca de acordo
Além do sindicato, compareceram ao encontro na data seguinte os vereadores alinhados com o Executivo Maurício Peixer (PSDB) e Rodrigo Fachini (PMDB). Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Gestão de Pessoas, Secretaria da Saúde e do Hospital Municipal São José. Durante a conversa, os diretores do Sinsej reapresentaram as quatro cobranças dos servidores.
Ao fim do encontro, ficou definido o seguinte acordo:
1. A Prefeitura fará emenda aos projetos delimitando sua duração para seis meses, ao invés de possíveis cinco anos;
2. O poder Executivo enviará um anexo garantindo a realização de concurso público em um prazo de 30 dias.
3. O mesmo anexo garantirá a manutenção dos padrões atuais de escalas dos médicos efetivos e temporários dos Pronto Atendimentos (PAs).
4. Através da Câmara de Vereadores, o governo Udo Döhler (PMDB) debaterá com o Sinsej alterações no projeto de lei 09/2014.
No fim da reunião, o vereador Maurício Peixer se comprometeu em chamar uma audiência para iniciar o diálogo sobre o último item.
Estado de alerta
Para o Sinsej, o resultado da reunião significou um avanço importante, conquistado pela mobilização dos servidores. Apesar disso, não há garantias de que a Prefeitura cumprirá o que sinalizou. Por isso, os trabalhadores precisam ficar em alerta e prontos para mostrar, mais uma vez, sua capacidade de unidade, organização e luta.