Servidores continuam em greve pelos dias parados
Os servidores de Joinville em greve decidiram hoje (11/6) que aceitam a proposta feita pela Prefeitura em 30 de maio, mas que continuam em greve pelo direito de repor as horas paradas desde este dia. Esta posição foi defendida pela direção do sindicato, com base na avaliação do movimento, após nova reunião com os secretários de Gabinete, Afonso Fraiz, e de Comunicação, Marco Braga. Eles informaram que Udo Döhler concordava em manter o que já ofereceu, mas que insiste no desconto dos últimos 11 dias.
“Fomos categóricos em dizer que não saímos da greve com descontos para os trabalhadores”, explicou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter. Ele ressaltou que, com o posicionamento assumido pela categoria agora, não há mais nenhum motivo econômico para o prefeito Udo Döhler não encerrar a greve e que a responsabilidade pelo movimento também é da Prefeitura.
Além disso, Ulrich lembrou que a negociação dos dias é um dever do prefeito para com a comunidade: “Como é que ele explicará que não haverá reposição de aulas, das cirurgias represadas e de exames?”, questionou.
Amanhã, às 9 horas, haverá uma nova assembleia. Desta vez, ela será no Clube Ginástico, para garantir mais conforto físico e liberdade de discussão entre os trabalhadores. Ulrich explicou que a assembleia de amanhã precisa fazer uma avaliação profunda do movimento, suas perspectivas e resultados, o que não pode ser feito embaixo de sol ou chuva, “em frente ao patrão”.
A direção sindical insistiu para conversar com Udo sobre a reposição das horas ainda hoje ou amanhã cedo, antes da assembleia, mas até o momento nada foi agendado. “Se o prefeito tiver o mínimo de bom senso irá resolver esta greve até amanhã”, disse o presidente do Sinsej. Hoje, os servidores não irão à Câmara de Vereadores, já que ontem os parlamentares já provaram que não ajudarão a categoria. A tarde será destinada para convidar os trabalhadores para a assembleia de amanhã.
Proposta apresentada no dia 30 de maio:
– Reposição da inflação, de 5,82%, referente a maio.
– 1,18% de ganho real em janeiro de 2015.
– Reajuste na base de corte do vale-alimentação nos seguintes termos:
a) 30% sobre a base atual a partir de 1º de maio (R$ 3120)
b) 45% sobre a base atual a partir de 1º de setembro (R$ 3480)
c) Pagamento a todos os servidores que estiverem enquadrados até o Grupo Salarial 15 a partir de 1ª de janeiro de 2015 (R$ 4381,89)
– Reajuste de 20% no valor do vale alimentação, passando a R$ 234,36 a partir de 1º de maio.
– Extensão da concessão de gratificação de alta complexidade aos servidores do Hospital São José ocupantes dos cargos de fonoaudiólogo e nutricionista.
– Redução da jornada dos agentes administrativos das escolas, para 30 horas semanais, a ser implementada no decorrer de 2015.
– Realização de estudos para avaliação da possibilidade de implementação da jornada de 30 horas semanais para os servidores que atualmente cumprem 35 horas no São José.
– Abono dos dias 19 e 30 de maio.
– Reposição das horas paradas entre o dia 20 e 29 de maio.
– Extinção das medidas judiciais propostas pela Prefeitura.
– Instalação de uma mesa de negociação permanente para discutir a regulamentação dos 15 dias de recesso do magistério durante o ano letivo.
– Manutenção das demais cláusulas acordadas anteriormente.
Leia as cláusulas acordadas anteriormente, que também estão válidas. Para itens duplicados, vale a proposta mais recente, do dia 30 de maio. Os que aparecem sem resposta e não foram revisados, não tiveram êxito até o momento.