Governo de Joinville suspende licença-prêmio

A Prefeitura de Joinville está suspendendo as indenizações de licença-prêmio requeridas pelos servidores municipais. Este é mais um corte de direitos promovido pelo prefeito Udo Döhler, sob a justificativa de crise financeira.

Os servidores municipais têm direito a três meses de folga a cada cinco anos de assiduidade. Caso não deseje gozar do tempo de descanso, o trabalhador pode receber em dinheiro 85% do valor de três meses trabalho.

Historicamente os servidores têm enfrentado dificuldades para tirar a licença. No governo passado, as indenizações foram totalmente congeladas. Em 2014, um dos acordos de greve previa a regulamentação da concessão de licença prêmio, de modo que ela fosse gozada em até seis meses após o requerimento. A Campanha Salarial de 2015 cobrou o cumprimento dessa promessa.

No entanto, o que ocorre agora é o contrário do cumprimento do acordo de dois anos seguidos. O Sinsej considera esse um duro ataque e um desrespeito à organização sindical dos trabalhadores. A medida atingirá toda a categoria, excetuando-se o Magistério, que continuará recebendo a indenização com recursos do Fundeb.

“Se há uma crise financeira, não são os trabalhadores que devem ser penalizados para saná-la”, considera o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter.

O assunto será remetido à reunião do Conselho de Representantes por Local de Trabalho do Sinsej, que acontece no dia 25 de agosto, às 14 horas, em local a confirmar.

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