Uma medida para Udo Döhler adotar
O governador de Santa Catarina Raimundo Colombo, conhecido inimigo dos trabalhadores, entrou, neste mês, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) para impedir um privilégio de cargos comissionados. A mesma ação vem sendo exigida da Prefeitura de Joinville pelo Sinsej, mas o prefeito Udo Döhler não aceita fazer nem mesmo isso.
A ação do Estado visa impedir que servidores de carreira que ocuparam cargos comissionados por algum período incorporem nos salários a gratificação que recebiam enquanto exerciam a função de chefia. A medida não afeta todos os funcionários, somente trabalhadores do Ministério Público de Contas, Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa. O benefício era pago desde 2010.
Em Joinville, desde o ano passado, o prefeito vem anunciando medidas de contenção de despesas que prejudicam os servidores concursados. Em todas as oportunidades, o Sinsej sugeriu que a mesma medida do Estado seja implementada na cidade: impedir que chefias, que são servidores de carreira, incorporem suas gratificações eternamente.
Além disso, outro absurdo é denunciado pelo Sinsej: cargos comissionados também recebem triênio – reajuste de 6% sobre o salário a cada três anos – como se servidores concursados fossem. Em janeiro deste ano, em meio às queixas de falta de dinheiro, a Prefeitura voltou pagou esse benefício a mais uma leva de indicados.
Enquanto beneficia os seus, Döhler ataca os servidores de carreira com cortes, como o abono para quem trabalhou no recesso, e não cansa de tecer lamentos sobre a crise.
Texto editado em 21/1, às 17h57