Trabalhadores da Subprefeitura Sul estão paralisados

Os servidores da Subprefeitura Sul de Joinville paralisaram suas atividades hoje (28/8). Eles exigem do governo solução para a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) enfrentada por todo o setor de obras do município. Por volta das 9 horas, estes trabalhadores dirigiram-se ao gabinete do prefeito, onde foram atendidos pelo secretário de Governo Afonso Fraiz. Um prazo de 48 horas foi estipulado para apresentação de uma resposta.

De acordo com decisão da assembleia realizada no final da manhã, os servidores manterão as atividades suspensas até que a situação seja resolvida. “Eles não estão se negando a trabalhar”, explicou o diretor do Sinsej Márcio Avelino do Nascimento. “Querem trabalhar e demonstram isso todos os dias, mas se um deles esmagar um dedo, cortar uma perna, de quem será a culpa?”. As demais subprefeituras de Joinville estão convidadas a aderirem ao movimento a partir de amanhã.

A Sub Sul é uma das oito estruturas responsáveis por cuidar da manutenção e limpeza do sistema viário, da rede de drenagem, esgoto e espaços públicos da cidade. Os servidores destes locais afirmam que, desde o início do mandato de Udo Döhler, nunca tiveram uniformes repostos e que o fornecimento dos demais equipamentos necessários é praticamente inexistente. As principais dificuldades enfrentadas são falta de luvas, perneiras, aventais, óculos de proteção e uniformes. Além disso, não há reposição de instrumentos de primeira necessidade, como máquinas roçadeiras. A única manutenção realizada é feita por iniciativa e com ferramentas dos próprios servidores.

A falta de EPIs expõe os trabalhadores a riscos físicos e biológicos. O Estatuto dos Servidores de Joinville é omisso quanto à questão, mas, tomando-se por base a Norma Regulamentadora número seis do Ministério do Trabalho, cabe ao empregado utilizar os equipamentos de proteção corretamente e comunicar ao empregador caso eles não estejam mais adequados ao uso. Esta reivindicação já foi apresentada pelo Sinsej diversas vezes ao prefeito Udo Döhler em mesa de negociação, mas a resposta sempre foi de que a situação não ocorria.

Na última sexta-feira, a administração foi comunicada que os trabalhadores aguardariam uma resposta até esta segunda-feira. No início da manhã de hoje, a secretária de Gestão de Pessoas, Rosane Bonessi, foi contatada por telefone, mas negou-se a atender o sindicato e os trabalhadores.

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