Chega de levar “porrada”!
O atual governo, desde sua posse na primeira gestão, repete um discurso moralista e populista de “combate aos desvios de conduta”. Com isso, alimenta um senso comum de ódio aos servidores e ao serviço público, com trágicas consequências aos trabalhadores das diversas secretarias da Prefeitura e também aos usuários em última instância.
O discurso do prefeito tem vários objetivos. Em primeiro lugar, amedronta o servidor, coloca-o na defensiva. Se somos acusados de “desvios de conduta”, há um esforço diário para provar que não cometemos os supostos desvios. Isso leva a um condicionamento do trabalhador, que não questiona, que cumpre fielmente todas as ordens impostas – por mais absurdas que pareçam – e que se adapta a qualquer condição.
Com isso, a Prefeitura fica livre para restringir direitos (como a licença-prêmio e o abono natalino), não repor materiais e equipamentos e, finalmente, não repor nem o pessoal necessário para atender a comunidade. A qualidade do trabalho despenca e abre-se a justificativa necessária para privatizar o serviço público, pois “só a iniciativa privada é capaz de fazer com qualidade”.
Mas o problema vai além. Acusando os servidores, o governo tira o foco dos verdadeiros sanguessugas do dinheiro público: comissionados sem fim indicados pelos partidos que o apoiaram, esquemas antigos e requentados de transferência do dinheiro para empresas, empreiteiras, prestadores de serviços diversos – todos “amigos” e financiadores do grupo que se instalou no poder.
Essa situação precisa ter fim. Nos últimos meses, o governo tomou uma série de iniciativas para amedrontar ainda mais os servidores, amplificando o assédio moral sobre cada trabalhador, com descontos ilegais na folha, ameaças de aumento de jornada, fim do recesso, transferências punitivas e baseadas em perseguição política e moral.
Só há um caminho a seguir. Precisamos reagir de forma firme e organizada frente ao desmonte do serviço público na nossa cidade. A cada dia, menos a população é atendida. A cada ataque, mais se deterioram as condições de atendimento dos usuários, seja na saúde, educação, assistência social, obras, cultura…
Não temos o que temer. O pior a Prefeitura já está fazendo. O prejuízo financeiro e moral é imposto a cada dia e vem aumentando. Ou reagimos ou não sobrará resquício do bom ambiente de trabalho que um dia podemos ter tido.
Por isso, deflagramos o Estado de Greve. Por isso, a categoria decidiu realizar um dia de paralisação, em 28 de setembro, a partir das 9 horas, em frente à Prefeitura. Não é por aumento de salário. Não é por dinheiro. É por condições de trabalho. É por dignidade. É pela defesa do serviço público de qualidade para toda a população.
Não fique em dúvida. É hora de lutar! Eleja seu representante. Prepare-se para a luta!