Prefeitura quer proibir servidores de se comunicarem com a comunidade
O governo Udo Döhler está dando mais mostras da institucionalização do assédio moral na Prefeitura. Em 15 de maio as unidades de educação de Joinville receberam um comunicado ameaçando com processo administrativo servidores que mantenham “blog, perfil ou página de Facebook, Instagram, Twitter ou qualquer outro site e rede social com caráter institucional”.
Essa medida, chamada pelo secretário de comunicação Marco Braga de “política de comunicação” durante a última reunião com o sindicato, é completamente insensível com a história das unidades educacionais. Há anos CEIs e escolas mantêm meios onde expõem práticas educacionais, trabalhos com alunos e premiações – normalmente conquistadas pelo empenho dos profissionais sem o apoio da Prefeitura. São atividades saudáveis, que informam a comunidade, motivam alunos e professores e, ao mesmo tempo, trabalham a inserção digital.
Existem várias maneiras de gerir a comunicação da Prefeitura com responsabilidade sem deixar de respeitar a autonomia das comunidades escolares. Nenhuma delas, no entanto, inclui mensagens ameaçadoras com as palavras “PROIBIDO” e “DEVEM” em caixa alta. Nem com destaque para a frase “os servidores que continuarem com a prática estão sujeitos a processo administrativo”.
Medidas como essa não são isoladas nessa gestão. Há vários casos de trabalhadores punidos por postarem em suas próprias redes sociais sobre as condições de atendimento e trabalho, falta de medicamentos, precariedade dos equipamentos, entre outras questões. Nas unidades de saúde, não é mais permitido fixar listas de remédios que estão em falta.
Toda essa repressão é motivada pelo medo que Döhler tem da capacidade dos servidores de se comunicarem com a comunidade e exporem os problemas do governo. A forma de reagir é redobrando as denúncias. O Sinsej está à disposição para publicar nas redes da entidade, informar a comunidade e a imprensa todas as questões encaminhadas pelos trabalhadores.
Fale com o sindicato pelo campo de contato do site, pelo e-mail sinsej@sinsej.org.br ou diretamente no Sinsej. Todos os dias há um diretor de plantão na entidade para atender aos trabalhadores.