Servidores municipais de Joinville deflagram estado de greve e paralisação para o dia 30

Servidores de Joinville vão paralisar suas atividades na próxima quarta-feira (30/5) | Foto: Aline Seitenfus
Servidores de Joinville vão paralisar suas atividades na próxima quarta-feira (30/5) | Foto: Aline Seitenfus

Em assembleia realizada ontem (24/5) à noite, os servidores municipais de Joinville decidiram por unanimidade rejeitar a proposta da Prefeitura, deflagrar estado de greve e fazer um dia de paralisação na próxima quarta-feira (30/5). Foi decidido ainda que os trabalhadores vão elaborar um abaixo-assinado, com os problemas enfrentados pela comunidade em cada unidade. Os servidores demonstraram indignação com a oferta de 1,69% de reajuste para o salário, e somente em agosto, e o aumento de R$ 13,05 no vale-alimentação.

O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, falou aos presentes que “nenhum governo eleito neste sistema vai resolver os problemas dos trabalhadores”. A única saída conhecida pelos trabalhadores é a unidade, a organização e a luta. Os servidores municipais são novamente obrigados pelo patrão, Udo Döhler, a paralisar as atividades como tentativa de diálogo e de avançar na pauta de reivindicações.

Outro ponto de discussão foi a avaliação de que o prefeito busca cumprir a agenda nacional de destruição dos serviços públicos. Isso é comprovado com a extinção de cargos e a fala durante as mesas de negociações de que é preciso seguir o exemplo de Florianópolis e entregar a saúde às Organizações Sociais (OS). Também é perceptível a falta de vontade em melhorar os serviços quando propostas que não oferecem nenhum comprometimento financeiro são totalmente ignorados. É o caso da transferência e lotação dos servidores, que ficam à disposição das chefias imediatas, da aplicação dos 33,33% de hora-atividade no Magistério, revisão do Calendário Escolar 2018 – que prevê oito dias letivos a mais – e a apresentação de uma proposta para o atendimento à saúde dos funcionários.

“A forma de defender os nossos direitos, de defender os serviços públicos e até de sonhar com uma sociedade melhor, mais justa, é com organização e luta”, disse Ulrich ao relembrar as conquistas que os servidores tiveram com as greves e paralisações dos últimos anos. O vale-alimentação, recuperação de perdas salariais históricas, gratificações, redução de jornada para agentes administrativos, conquistas dos Agentes Comunitários de Saúde, são alguns dos exemplos.

Todos os joinvilenses também são chamados a paralisar junto com os servidores públicos. Este é o momento de dar um basta à falta de vagas nos CEIs, falta de profissionais nas escolas, falta de estrutura nas unidades de saúde, falta de médicos, enfermeiros, ACSs, técnicos nos hospitais. A luta pela manutenção e ampliação dos serviços públicos é de todos os que o utilizam. Participe da paralisação dia 30 de maio, a partir das 9 horas, em frente à Prefeitura.

Tira dúvidas sobre direito de greve

O servidor que tiver dúvidas se a greve ou paralisação é um direito legítimo pode consultar aqui.

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