O “Dia do Basta” e a responsabilidade das direções da classe trabalhadora
Ato 10/8, 16 horas, na Praça da Bandeira
Os ataques aos direitos dos trabalhadores e ao serviço público se intensificam. O povo brasileiro já amarga a aprovação da Reforma Trabalhista, o congelamento de investimentos públicos por 20 anos, a lei que permite a terceirização sem limites, a entrega do patrimônio público à iniciativa privada (portos, aeroportos, empresas públicas, estradas, pré-sal, entre outros). A juventude está sendo duramente atacada com a Reforma do Ensino, fechamento de escolas, corte de verbas para bolsas e desenvolvimento científico. O desemprego já atinge mais 13 milhões de pessoas e entre os jovens chega a uma taxa de 30%. No Congresso Nacional, continua tramitando a Reforma da Previdência, que condenará grande parte da população a morrer trabalhando.
Estes são apenas alguns dos problemas decorrentes da crise financeira do capitalismo, sistema que só beneficia aos já muito ricos e explora toda a classe trabalhadora. O ajuste fiscal e a austeridade, iniciados por Lula e Dilma e finalmente acentuados por Temer, fazem o povo sofrer ainda mais para garantir o pagamento da dívida pública aos bancos, bem como a continuidade do repasse de dinheiro do Estado para a iniciativa privada.
Há tempos o Sinsej tem defendido que a conta desta crise não pode ser paga pelos trabalhadores. É responsabilidade das centrais organizar uma verdadeira greve geral, por tempo indeterminado. A CUT tem um papel especial nisso por ser o maior e mais poderoso instrumento sindical construído pelos trabalhadores brasileiros.
Muitas categorias do país já demonstraram sua disposição de se mobilizar. Exemplo disso foram as manifestações contra a Reforma da Previdência no ano passado. No entanto, ao invés de organizar uma luta generalizada contra todos os desmandos dos governos que se sucedem, as centrais têm optado por chamar atos isolados, desmobilizar, negociar em gabinetes, exercer a colaboração de classes e a traição. Estes antigos dirigentes não confiam mais na classe trabalhadora e temem o momento em que ela se levantar, porque também eles serão varridos da história.
Agora, para 10 de agosto, as centrais voltam a convocar um dia de paralisações e manifestações – o “Dia do Basta”. Em Joinville, haverá um ato na Praça da Bandeira, às 16 horas. O Sinsej estará presente, levando palavras de ordem que realmente possam mudar a vida da classe trabalhadora, e convida todos a participarem. No entanto, reafirma que apenas a reorganização da classe sob a base de uma verdadeira independência de classe, a realização de uma verdadeira greve geral e a luta pela derrubada desse sistema podem realmente barrar os ataques contra os trabalhadores.
- Revogação da Reforma Trabalhista, da Lei das Terceirizações, do congelamento de gastos públicos e da Reforma do Ensino Médio.
- Previdência Pública e Solidária para todos. Pela revogação de todas as “Reformas” da Previdência.
- Não Pagamento das Dívidas Interna e Externa.
- Transporte, saúde e educação: públicos, gratuitos e para todos.
- Salário Mínimo de acordo com o Piso do Dieese. Reajuste mensal de acordo com a inflação.
- Estabilidade no emprego e estatização de todas as empresas que demitam em massa. Estatização da Fábrica Ocupada Flaskô.
- Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário.
- O petróleo tem que ser nosso. Monopólio e Petrobras 100% estatais.
- Pela reestatização da Vale do Rio Doce e de todas as empresas privatizadas.
- Estatização dos bancos e das multinacionais.
- Estatizações sob controle dos trabalhadores.
- Pela liberdade de organização sindical: abaixo a unicidade sindical.
- Abaixo o Congresso Nacional. Por uma Assembleia Popular Nacional Constituinte.