Reforma da Previdência: sob pressão, governo recua e oferece migalhas aos servidores de Joinville

Diante da demonstração de força que os servidores públicos de Joinville vem dando nas mobilizações contra a reforma da Previdência, o governo Adriano Silva (Novo) já dá sinais de recuo. Prova disso foi a reunião solicitada ao  Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) pelo presidente da Câmara, Maurício Peixer, para propor uma armadilha em forma de um “projeto mais brando”, nas palavras do vereador. Segundo ele, o objetivo seria manter o aumento da alíquota, ou seja, a redução dos salários, mas amenizar a gravidade das regras de acesso à aposentadoria.

O gesto deixa claro que Peixer já admite que é grave o que o governo e sua base na Câmara querem fazer com a aposentadoria dos servidores. O recuo, sinalizado em reunião que contou com a presença da presidenta do Sinsej, Jane Becker, e da vereadora Ana Lúcia Martins (PT) na manhã desta terça-feira (27), é, claramente, fruto da resistência que os servidores e as servidoras têm demonstrado ao longo da trajetória em que os três projetos vêm percorrendo desde que foi encaminhado à Câmara pelo governo.

Para a direção do Sinsej, não há outro encaminhamento possível que não seja a retirada dos projetos. “Essa conta não é nossa! Nós pagamos o Ipreville em dia, não falhamos nenhum mês. O prefeito precisa assumir as suas responsabilidades e pagar a dívida, que é única e exclusivamente da prefeitura”, afirma Jane Becker, presidenta do Sinsej.

A presidenta deixou claro ainda que o compromisso da direção do Sinsej, firmado em assembleia com a categoria, é de que não serão aceitas emendas nem migalhas. “Não cairemos na emboscada do prefeito de ‘amenizar’ a reforma. Não aceitaremos reduzir salários, morrer trabalhando e nem pagar por uma dívida que não contraímos! Portanto, nossa posição continua a mesma: a categoria continua mobilizada e ainda mais firme na exigência de retirada dos projetos”, complementa Jane.

O desespero do governo Adriano (Novo) segue aumentando conforme a luta das servidoras e dos servidores vai ganhando mais força e adesão. Por isso, a direção do Sinsej alerta que os próximos dias devem ser de muita mobilização e resistência, já que a categoria deverá ser bombardeada com falsas alternativas e soluções para a reforma. Segundo Jane, “o momento, portanto, é de intensificar a resistência e nossa organização, exigindo audiência pública presencial para discutir o projeto e a retirada da reforma de tramitação”.

One thought on “Reforma da Previdência: sob pressão, governo recua e oferece migalhas aos servidores de Joinville

  • 28 de abril de 2021 em 17:35
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    O Prefeito Adriano não tem votos suficientes na câmara de vereadores para aprovar a Reforma da Previdência e por isso está recuando no confronto com o sindicato.O Sinsej deve pressionar os vereadores para obter mais apoio contra a Reforma da Previdência.

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