A saúde de Joinville pede socorro

A direção do Sinsej vai solicitar reunião urgente com a Secretaria Municipal de Saúde (SES) para tratar exaustão física e emocional dos servidores da saúde e condições precárias de trabalho decorrentes da falta de pessoal. Além da reunião, o Sinsej vai protocolar denúncia nos órgãos competentes e nos conselhos profissionais da saúde.

No Hospital São José (HSJ), por exemplo, de acordo com relatório do quadro de vagas emitido em janeiro, último, havia 400 em aberto. O governo Adriano Silva (Novo) não está mais pagando hora-extra e nem renovando a contratação temporária enquanto os antigos contratos são rescindidos, resultando em sobrecarga de trabalho. Conforme relato de servidores durante reunião realizada no Sinsej nessa quinta (17), um fisioterapeuta que antes atendia 10 pacientes na UTI do HSJ, agora precisa atender 30 no mesmo período de tempo. Assim, o trabalho de quem está atuando há dois anos, quase ininterruptamente na pandemia, acumula ainda mais, o atendimento à população piora e o esgotamento aumenta.

Servidores com suspeita de covid-19 devem seguir trabalhando

Outro problema relatado que chama a atenção é a orientação da Secretaria, publicada no memorando nº 0011974092/2022, de que “o profissional de saúde com esquema vacinal completo (dose única + dose de reforço ou duas doses+ dose de reforço) que teve contato próximo com caso suspeito ou confirmado de covid-19 e permanece assintomático” deve manter as atividades presenciais, realizar teste no segundo dia e, caso o resultado for não detectável e assintomático, o servidor continua a trabalhar até a realização de novo teste no 5º dia da última exposição (ao caso confirmado).

A presidenta do Sinsej, Jane Becker, diz que essa orientação abre a possibilidade de o contágio do novo coronavírus ocorrer nas unidades de saúde, onde as pessoas vão ainda ou confirmar se estão com covid-19 ou tratar de outros problemas de saúde. O isolamento deve ser imediato à confirmação da exposição à covid-19.

Joinville acumula quase 158 mil casos confirmados, dois mil óbitos em decorrência da doença e segue com a matriz de transmissão em nível moderado.

A direção do Sindicato entende que esse tipo de orientação é para ocultar a falta de profissionais efetivos, por isso exige concurso público urgente. Serviço público de qualidade se faz com investimento e valorização do servidor.

 

One thought on “A saúde de Joinville pede socorro

  • 21 de fevereiro de 2022 em 14:23
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    A falta de concurso público nas áreas da saúde e educação mostram de forma clara,o descaso do governo do Novo com as priodadades da população,infelizmente.Em Joinville,o professor está pagando para trabalhar,vide as denúncias que chegam no Sinsej!
    Enquanto isso ocorre;a cidade da dança,das bicicletas,das flores e dos príncipes dorme em berço esplêndido e os amigos do rei fazem a festa,infelizmente!

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