Sinsej cobra providências para falta de água nos locais de trabalho
A semana pós-feriado do joinvilense começou com um caos proporcionado pela Águas de Joinville. A empresa parou a operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão, que abastece 75% da cidade e deixou vários bairros das zonas Norte e Sul sem água. Inclusive, as unidades de ensino.
A direção do Sinsej visitou escolas e constatou que a falta de água está tornando o trabalho dos servidores e a permanência das crianças nos locais insalubre. Especialmente nos CEI’s, onde muitas vezes os servidores fazem a higienização das crianças.
Não existe uma cidade do tamanho de Joinville ficar quatro dias sem água porque um procedimento de manutenção preventiva sofreu atrasos, como justificou a Águas de Joinville. A Companhia sequer conseguiu dar um prazo para o retorno do abastecimento na cidade. Além disso, não avisou sobre a manutenção com antecedência, fazendo com que a população não se preparasse para uma eventual falta de água.
A prefeitura de Joinville prometeu que vai enviar caminhões pipas paras as escolas que estão sem abastecimento, porém, já se sabe que esse tipo de serviço está em escassez devido a alta procura. Algumas unidades já informaram os pais e professores que as aulas estão suspensas nesta terça-feira (19). É importante que, caso as unidades não sejam reabastecidas, a secretaria de educação cancele as aulas de todas as escolas até que a situação se normalize.
É fundamental lembrar que a prefeitura de Joinville já manifestou a vontade de terceirizar a Águas de Joinville. É preciso analisar se a Companhia não passa por um processo de precarização para justificar uma terceirização. É esse o modus operandi do prefeito Adriano Silva (Novo) nas unidades de saúde, por exemplo. Aliás, as redes sociais do prefeito seguem sem um pronunciamento sobre o assunto. Enquanto parte da cidade já estava sem água no final de semana, Adriano Silva aproveitava a praia em uma cidade vizinha e compartilhava com seus seguidores uma vida sem preocupações. Muito diferente da situação de 75% de Joinville hoje.
A direção do Sinsej seguirá acompanhando o caso para verificar se realmente os caminhões prometidos chegarão as unidades de ensino ou se as aulas serão suspensas em todas as escolas sem abastecimentos.