OS envolvida em corrupção na Capital administra restaurante popular em Joinville
Nesta terça-feira (3), a Polícia Civil deflagrou a Operação Pecados Capitais em Florianópolis. Duas pessoas foram presas e 21 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela investigação que tem como alvo o Instituto Aminc, organização social (OS) que administra os restaurantes populares da capital e de Joinville.
De acordo com a investigação, o instituto contratava empresas terceirizadas com valores superfaturados e desviava parte do repasse nos restaurantes de Florianópolis. Na operação realizada pela Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (Decor), duas pessoas foram presas e 21 mandatos de busca e apreensão foram cumpridos. Um dos presos é ex-secretário do governo municipal da capital.
A notícia vem ao encontro do que o Sinsej vem defendendo há meses: organizações sociais são facilitadoras da corrupção. O prefeito de Joinville, Adriano Silva (NOVO) tem uma coleção de OS’s envolvidas em problemas judiciais credenciadas pela prefeitura. Só na tentativa de terceirização da UPA Sul foram 11. Depois a gestão credenciou uma que teve seus proprietários presos por corrupção em Manaus (AM). Agora, o Instituto Aminc, que administra o restaurante popular de Joinville desde setembro de 2023, também virou alvo da justiça. São mais de R$ 318 mil reais por mês que a cidade paga a OS pela gestão das duas unidades populares existentes.
A verdade é que ninguém está surpreso com a notícia. O próprio Ministério Público e a Polícia Federal já divulgaram estudo onde consideram as organizações sociais como propícias a ações corruptas. E são elas que Adriano Silva quer trazer para administrar a saúde e a educação de Joinville. É nas mãos dessa gente, que Adriano Silva quer entregar escolas, hospitais e unidades básicas de saúde. É natural que todos se perguntem: mas por que, diante de tantos casos de corrupção, ele insiste em querer entregar mais serviços nas mãos das OS’s? O que tem por trás disso?
Questionada pelo jornal O Município, a prefeitura afirmou que não pode suspender ou romper algum contrato devido a uma investigação que ocorreu em outra cidade. Ou seja, vamos esperar que o dinheiro do contribuinte joinvilense seja desviado para que alguma atitude seja tomada. A conivência do prefeito com a corrupção é constrangedora. E não só dele, já que depois de tanta OS corrupta credenciada em Joinville, era o caso da Câmara de Vereadores questionar de forma veemente esse modelo. Porém, alguns vereadores estão tão afoitos pela terceirização que já declararam voto favorável a terceirização sem nem mesmo ver um projeto apresentado na casa.
A verdade é que não passa um mês sem que apareça uma notícia de organização social envolvida em corrupção. Algumas mais perto, outras mais longe, mas todas provam o mesmo ponto: OS ninguém merece. Está na hora da prefeitura revogar o contrato com as OS’s na educação. Já está mais do que provado que organização social é corrupção.
O serviço público feito por servidores qualificados e devidamente valorizados segue sendo o melhor modelo.