Campanha salarial 2020: Reunião entre Sinsej e prefeito Udo Döhler acaba sem acordo

Prefeito quer descontar dias parados

Após 26 dias de ocupação da recepção do gabinete do prefeito Udo Döhler e dos 14 dias de greve, a 1ª reunião de negociação da Campanha Salarial 2020 entre o Sinsej e o Executivo terminou sem acordo neste dia 16. Mesmo com uma pauta extensa de reivindicações, o prefeito tratou de poucas delas e mal escutou a direção do Sindicato na defesa dos pedidos da categoria. A contraproposta do prefeito foi de parcelar em três vezes o acumulado de maio de 2019 a abril 2020, conforme o INPC, onde a primeira parcela seria paga em julho, a segunda em setembro e a terceira em novembro, todas com data retroativa a 1º de maio. Ele também insiste em abonar apenas dois dias de paralisação: o dia 13 de fevereiro e o último dia de assembleia da Campanha Salarial. A falta de negociação dos dias paralisados é inaceitável. Para a direção do Sinsej, A categoria não pode ter desconto salarial.

Se Udo quer mostrar que valoriza o servidor deve começar revendo sua posição, como também retirar da Câmara o PLC 3/2020, referente ao Ipreville, e realizar concurso público. Uma nova reunião de negociação foi solicitada pelo Sinsej ao prefeito.

Coronavírus

Diante da atual pandemia do novo Coronavírus e o risco do possível aumento de casos da doença no estado e no município, o Sindicato cobrou insistentemente, a suspensão das aulas na rede municipal, orientação para servidores em geral e principalmente para os que trabalham na saúde sobre o atendimento a pacientes, a distribuição de máscara e outros EPIs aos servidores na saúde e materiais básicos de higiene nos locais de trabalho. Apesar da promessa de que que os materiais e EPIs começariam a ser distribuídos ainda na terça (17), o prefeito não acatou o pedido de imediata suspensão das aulas, alegando que ainda não é hora para isso e que a medida prejudicaria o ano letivo dos alunos. Segundo ele, o novo Coronavírus não é só uma questão de saúde, mas também de economia.

De acordo com o governo, desde o dia 27 de fevereiro está montado um comitê de contingência para cuidar do tema, incluindo diversos profissionais e ramos do serviço público e privado. Entretanto, até agora, os servidores reclamam ao Sinsej da falta de orientações e de materiais de higiene, como sabonete líquido, álcool em gel e EPIs.

Reunião do Conselho de Representantes

Para avaliar melhor e em conjunto a contraproposta do governo, o Sinsej reforça a convocação da reunião do Conselho de representantes por local de trabalho que acontece nesta terça, dia 17, às 14 horas na Sede do Sinsej.  Ao mesmo tempo em que nega aumento nos salários e o abono dos dias parados, Udo quer retirar 3% do salário de cada servidor aumentando a alíquota de contribuição ao Ipreville.

Sabemos que a negociação não será fácil, mas a nós servidores resta a luta conjunta e organizada para garantir valorização, direitos e respeito. A direção do Sinsej orienta a categoria que fique atenta a qualquer nova informação do Sindicato.

Leia abaixo a contraproposta do governo:

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