Nunca esqueça: Curitiba, 29 de abril de 2015

Bombas de gás, balas de borracha, tropas de choque, muita repressão: os servidores públicos do Paraná relembram hoje o massacre que sofreram há um ano, do governador Beto Richa (PSDB). Uma operação de guerra que deixou 213 pessoas gravemente feridas, entre professores e estudantes que estavam presentes no Centro Cívico, na tarde de 29 de abril de 2015. A brutal repressão promovida pela Polícia Militar do Paraná, a mando do então Secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini (SD), marcou a história, a memória e o corpo dos trabalhadores do serviço público que lutavam, na ocasião, contra o confisco do fundo previdenciário.

Segundo dados da própria Polícia Militar, entregue ao Ministério Público de Contas, estiveram envolvidos, na violenta ação repressiva, 2.516 policiais. Em duas horas de operação, foram usadas 2.323 balas de borracha, o que equivale a uma média de 20 tiros por minuto. 1.413 bombas de fumaça, gás lacrimogêneo e de efeito moral, ou seja, 12 bombas por minuto, além de 25 garrafas de spray de pimenta. Totalizando mais de um R$ 1 milhão em gastos com munição e diária dos policiais. Esses dados dão a dimensão do nível de violência utilizado pelo Estado contra os servidores públicos nessa data que não será esquecida.

Um ano depois os trabalhadores do serviço público do Paraná voltam às ruas

Hoje, 29 de abril de 2016, os servidores públicos do Paraná voltaram às ruas para protestar contra o governador Beto Richa (PSDB) e sua política de ataque aos direitos e conquistas dos trabalhadores do serviço público. Além disso, protestaram também em homenagem aos bravos lutadores que resistiram firmemente diante da repressão e do roubo do fundo previdenciário. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o número de participantes chegou a 25 mil no ato de hoje.

O Sinsej presta homenagem e apoio aos servidores que lutaram bravamente no dia 29, além de todos os trabalhadores que lutam diariamente contra os cortes e retirada de direitos. Precisamos nos unir para acabar com essa política de ataques aos servidores.

Jamais esqueceremos!

Fonte: Marxismo.org.br

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