Reforma Administrativa em Joinville

O prefeito de Joinville, Udo Döhler, enviou à Câmara de Vereadores da cidade o projeto que altera a estrutura administrativa da Prefeitura. Conforme o documento, essa reforma irá gerar economia aos cofres públicos. Porém, tudo não passa de um grande jogo de cena do chefe do Executivo.

Além de não gerar economia, a reforma extingue sem nenhum diálogo com a população diversas fundações históricas, reconhecidas pela comunidade. O presidente do Sinsej, Ulrich Beathaler, chamou atenção para a rapidez que a reforma é tratada. “Foram chamadas sessões extraordinárias e apenas em três dias tudo estará terminado”, disse Ulrich. A votação deve acontecer hoje (19/1).

Para o sindicalista, mudanças dessa magnitude deveriam ser feitas após um debate amplo e franco com os usuários dos serviços.

Como economizar de fato?

A discussão de cortes de cargos comissionados é um exemplo de economia. Retirar o direito ao triênio para os comissionados puros também – só no mandato de Döhler serão 12% investidos em comissionados com triênio, além dos reajustes anuais. Outra medida é a retirada da gratificação dos cargos de confiança – incorporados à aposentadoria. A reforma administrativa apresentada pelo governo não altera nenhuma dessas questões. Ou seja, não gera economia alguma.

Diante disso, não há como acreditar no discurso do governo de que, devido à crise, é necessário cortar os investimentos de saúde, educação e outros setores. Também não é possível aceitar as ameaças de que poderá faltar dinheiro para pagar os salários dos servidores. O papel do governo é manter serviços de qualidade para a população, não garantir benefícios aos “amigos do rei”.

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