Transportadores de valores paralisados em Joinville
Já é total a paralisação dos trabalhadores nos transportes de valores, no segundo dia de greve em Joinville. Segundo o sindicato da categoria, Sintravasc, a adesão chega a 95% em todo o estado. Em uma das empresas que operam o serviço em Joinville e região, os trabalhadores estão reunidos em frente a sede da empresa e só devem retornar aos trabalhos quando os empresários apresentarem uma proposta à categoria. As principais reivindicações são o aumento salarial de 10% e o fim das compensações.
Em Santa Catarina o piso salarial da categoria é de pouco mais de R$1.000,00 para uma jornada de trabalho que pode chegar a dez horas diárias. O que faz com que uma empresa que opere em dois estados, fato comum em Joinville, acabe concedendo um salário de até R$ 1.700,00, para os trabalhadores da mesma categoria em outro estado. Além disso os trabalhadores requerem o fim das compensações, que achatam ainda mais os salários, permitindo que os patrões compensem até 25 horas mensais em folga ou banco de horas. Fazendo com que os trabalhadores excedam a jornada de trabalho em até quatro horas, sem o pagamento de horas extras.
Trabalhadores e representantes do Sindicato já têm tentado acordo com as empresas desde janeiro, que até agora só propuseram um reajuste de 6,34%, menos de 1% acima da inflação, que fechou 2010 em 5,9% e redução para 20 horas no limite de compensação. Valores que os trabalhadores consideram insuficientes. Em Joinville, os cerca de 300 profissionais responsáveis pelo transporte de valores não devem retornar ao trabalho antes de uma proposta que atenda às expectativas, o que pode acarretar na falta de abastecimento nos caixas eletrônicos a partir de amanhã. Conforme a imprensa local, o Sindicato das Empresas de Segurança do Estado está recorrendo no Tribunal Regional do Trabalho para que a justiça considere a greve abusiva.
