Servidores de Itapema entram em greve
Na sexta-feira (18/3), os servidores públicos do município de Itapema deflagraram greve por tempo indeterminado. Durante o dia, o sindicato da categoria, SISEMI, organizou a paralisação dos serviços e a realização de atos. A assembleia no final da noite decidiu por continuar com a paralisação. Os servidores cobram a reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos 10 anos. Segundo cálculos do SISEMI, são mais de 10% de defasagem. De acordo com o sindicato, a negociação foi interrompida pela Prefeitura, que encaminhou um aumento de 0,44%.
O primeiro dia de paralisação mostrou unidade na categoria. Mais de 200 servidores participaram da manifestação em frente à prefeitura na parte da manhã. Ao todo são cerca de mil funcionários em todo o serviço público de Itapema. Na tarde de sexta-feira, um grupo ainda maior foi às ruas mostrar para a população o descaso do governo com a situação.
Além dessa negociação, a categoria cobra promessas feitas pelo Prefeito Sabino Bussanello (PT) que ainda não foram cumpridas. Em uma negociação anterior, estava concordado o aumento do período de licença maternidade, mas que foi deixada de lado pelo executivo. “O prefeito prometeu que a lei seria aprovada na semana na mulher (em março), para mostrar a valorização da mulher, mas até agora nada foi feito”, afirma Claudia Regina dos Anjos, presidente do SISEMI.
O cenário em Itapema não é muito diferente do joinvilense. Governo do partido dos trabalhadores, perdas salariais acumuladas na última década, promessas assumidas que continuam sem ser cumprir e pressão das chefias nos locais de trabalho. As manifestações da última semana mostram que a classe trabalhadora não está mais tão passível como era há algum tempo. Greve de servidores em Itapema e São José e greve dos funcionários da Wetzel, em Joinville. Movimentações como essas não podem ser desconsideradas, ainda mais quando estão tão perto da realidade do servidor público joinvilense.