Entenda a greve na rede estadual de ensino
Os trabalhadores da rede estadual de ensino estão em greve desde segunda-feira (23/4). Eles reivindicam a aplicação imediata do reajuste nacional de 22,22% no Piso do Magistério e a recuperação da tabela de progressão salarial.
No ano passado, ao implementar o Piso do Magistério, o governo do estado promoveu o achatamento da tabela salarial, diminuindo a diferença de salário prevista para os trabalhadores que fizerem cursos, concluírem graduação, especialização, mestrado e doutorado. Essa progressão constituí a carreira dos profissionais, que agora está sendo desmontada.
A proposta apresentada pelo governo esse ano desrespeita a incidência dos 22,22% na maior parte dos níveis e prevê, por exemplo, uma diferença de apenas R$ 72,54 entre o um professor de nível médio e um com ensino superior. Não bastasse, o Estado pede um ano e oito meses para implementar esses novos valores.
Os trabalhadores exigem ainda o cumprimento dos acordos da greve de 2011, no que diz respeito ao abono das faltas de greve dos últimos anos e à garantia de um terço de hora-atividade. A abertura de concurso público também consta na pauta de reivindicações da categoria. Atualmente cerca de 50% dos professores são contratados de forma precária.