Greve na saúde inicia terça (9) com apoio do Sinsej
As chamadas na TV e rádio estão alertando a população sobre a greve dos trabalhadores da saúde estadual marcada para terça-feira (9). Enquanto isso, os representantes do Sindicato da Saúde Santa Catarina (Sindsaúde SC) sensibilizam os potenciais grevistas sobre a importância do movimento. Na sexta-feira, o sindicato reuniu-se com os profissionais do Hospital Darci Vargas e do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. O Sinsej participou da reunião no Regional afirmando solidariedade ao movimento.
No Regional o clima foi de energia na reunião com cerca de 80 pessoas. Foram explicados os motivos da greve, como ocorreu a deflagração do movimento no dia 2 de outubro e de que forma a categoria deve organizar-se para começar a paralisação.
O que motivou a greve foi o anúncio do governo de Santa Catarina sobre o fim do pagamento de hora plantão (HP), semelhante à hora extra. A diretora do Sindsaúde SC, Mari Estela Eger, explica que esse é um ponto forte. “Os trabalhadores querem que o Estado dê uma gratificação por atendimento em saúde (GAS) para substituir a HP”, afirma.
Além de cobrar a gratificação, a greve quer a convocação mais freqüente de concurso público e jornada de trabalho que seja na prática de somente 30 horas semanais. A expectativa é que a greve cumpra uma agenda envolvendo panfletagens, passeatas e conversas com a população para conseguir o apoio necessário para o movimento.
Para a técnica de enfermagem Enilda Stolf, será preciso ganhar o apoio da sociedade para alcançar esses objetivos. “Quem quer participar deve ir para a rua. A greve é 24h. Se está de folga tem que vir para dar visibilidade ao movimento”, esclarece Enilda. Segundo o Sindisaúde SC, o atendimento será mantido em 30%.
Sinsej solidário com a greve
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, esteve sexta-feira (5) na reunião de preparação para a greve, no Hospital Regional. Ulrich afirmou que os servidores municipais enfrentam problemas semelhantes com a precarização da saúde no Hospital São José. “Para nós não é somente uma questão de torcida, mas sim de necessidade que essa greve seja vitoriosa. Uma derrota significaria o avanço do projeto de desmonte dos serviços públicos.”
Segundo Ulrich, o movimento grevista do Sindsaúde SC terá a solidariedade dos servidores municipais. “O Sinsej dará todo o apoio possível. Esperamos que digam o que precisam e nós ajudaremos”. Outros sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte Joinville) e o Sindicato dos Trabalhadores em Instituições Particulares (Sinpronorte), também já sinalizaram que apoiarão a greve dos trabalhadores da saúde estadual.