Expoville na corda bamba da exploração privada

Está mantida pela Justiça a suspensão do contrato de concessão da Expoville para o consórcio Viseu-Caex. A empresa explora o serviço desde que a Prefeitura de Joinville entregou o lugar para a iniciativa privada em julho do ano passado. O contrato foi suspenso por falta de licença ambiental na licitação que escolheu a empresa. Além disso, o juiz Roberto Lepper, da 2º Vara da Fazenda Pública, quer esclarecer se o consórcio era realmente capaz, econômica e financeiramente, de ter vencido a concorrência feita em 2012.

Na época, o então prefeito Carlito Merss usou como justificativas a burocracia do funcionamento da estrutura e a ideia de que uma gestão privada daria dinamismo à Expoville. O Sinsej e outros movimentos sociais denunciaram a atitude como forma disfarçada de entregar aquele ambiente para empresários, que lucrariam em benefício próprio.

Os movimentos populares de Joinville questionam como o poder público não tem condições de fazer a Expoville funcionar perfeitamente se, em teoria, uma empresa particular consegue atender todas as especificações exigidas e ainda ganhar dinheiro.

Para o Sinsej, a entrega do patrimônio público para empresas particulares significa um ataque aos direitos conquistados pela classe trabalhadora ao longo dos anos. O sindicato defende que para solucionar os problemas da burocracia e do dinamismo é preciso uma opção política da prefeitura. Que ela invista em funcionários de carreira, melhores condições de trabalho e priorize a manutenção e ampliação das estruturas e serviços públicos de Joinville.

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