Greve nacional da educação envolveu Joinville
A greve convocada pela CNTE se encerra hoje (25/4) em todo o país. Fora 22 estados que aderiram oficialmente. Em Joinville, a paralisação iniciada dia 23 foi feita pela regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). As cobranças nacionais foram combinadas com as locais dessa categoria. No dia 24 eles fizeram um ato em frente à Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) exigindo posição do governo sobre várias questões.
A pauta de reivindicações dos grevistas inclui pontos como a valorização da carreira, cumprimento do piso nacional e também a chamada revitalização da carreira. Desde o início do movimento, os trabalhadores enfrentaram as ameaças e pressões das chefias. “A Secretaria do Estado de Educação avisou que os professores que paralisaram as atividades terão os dias descontados em folha”, explicou a coordenadora do Sinte Joinville, Clarice Erhardt, em entrevista ao jornal A Notícia. Mesmo assim várias escolas aderiram ao movimento.
A manifestação do dia 24 teve como bandeira principal a valorização da educação. A situação em que se encontram as escolas estaduais foi um dos temas de destaque do ato. Para o Sinte Joinville, o estado das instituições é “lamentável”. Também reforçou essa ideia o discurso do presidente da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes), Luiz Souza Neto. “Queremos estudar e não temos as condições mínimas. Precisamos lutar contra os ataques do governo”, argumentou em declaração ao jornal Notícias do Dia. Durante a atividade um abaixo assinado foi lançado pedindo a extinção das SDRs. O documento afirma que elas não solucionam os problemas, funcionando apenas como cabides de emprego.
Uma assembleia estadual acontece nesta quinta-feira em Florianópolis para marcar o último dia da mobilização nacional. Um ônibus foi para a capital pela manhã com integrantes do sindicato e professores. O objetivo da atividade será fazer um balanço de cada cidade e traçar os próximos passos para pressionar os governos diante dos desafios da educação.
Servidores de Joinville reconhecem importância da paralisação
Os trabalhadores da educação municipal de Joinville decidiram na assembleia do dia 22 suspender a paralisação devido ao contexto da campanha salarial. Apesar disso, reconheceram a importância de sua convocação. Os setores da Prefeitura de Joinville estão convocados para assembleia no dia 6 de maio para avaliar com toda a categoria a proposta do Executivo. Caso ela não atenda às expectativas, será avaliada a possibilidade estado de greve.