Nenhuma proposta a uma semana da data-base

A reunião com a Prefeitura de Joinville ontem (23/4) terminou novamente sem avanços sobre a Pauta de Reivindicações da categoria. Após mais de duas horas de conversas, mais uma vez nenhuma resposta concreta foi apresentada. Sobre o reajuste salarial, o Executivo propôs a realização de outro encontro amanhã (25/4), às 16 horas, com a presença do secretário da Fazenda Nelson Corona. Porém, segundo o prefeito Udo Döhler, tanto o item financeiro como as demais reivindicações só terão uma resposta definitiva em uma reunião marcada para a sexta-feira.

O prefeito afirmou que a intenção da prefeitura não é protelar as discussões, mas até o momento ele não se posicionou nem mesmo sobre as questões que não geram custos. Exemplos são a regulamentação das transferências, garantia do recesso de final de ano, fim das “horas-termo”, retorno do Calendário Escolar acordado em 2012 e regulamentação sobre acúmulo de férias. Com o encontro desta semana, somam-se quatro rodadas de negociação sem nenhuma proposta oficial do Executivo.

Calendário Escolar

Mais uma vez, a discussão sobre o Calendário Escolar permeou boa parte das discussões. Porém, o secretário de Educação Roque Mattei continua insistindo em 200 dias letivos com os alunos em sala de aula, apenas uma semana de recesso em julho e três dias de plantão sem alunos no final do ano. Além disso, ele menciona agora repor o ponto facultativo concedido em 28 de março, transformando um destes dias de plantão em data letiva.

Para o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, há um problema central na discussão: “O entendimento que o secretário faz de dia letivo é diferente do previsto na legislação”. Ele destacou que cursos e reuniões pedagógicas fazem parte do processo educacional. “A educação não se faz somente dentro da sala de aula”.

Assembleia Geral

A data-base dos servidores de Joinville é em 1º de maio e no próximo dia 6 haverá assembleia geral. “A prefeitura não pode mais deixar os servidores sem respostas”, ressalta o diretor do sindicato Jean Almeida. “Caso o Executivo não apresente proposta até a assembleia, ou a resposta não atenda às expectativas dos trabalhadores, será colocado em apreciação o Estado de Greve”.

Na segunda-feira (22/4), a Educação municipal decidiu não aderir à paralisação nacional que acontece esta semana para aguardar a resposta da prefeitura. Eles avaliaram que pode ser preciso unir forças com o restante da categoria a partir do dia 6 de maio.

Servidores avaliarão em 6 de maio. Foto: Johannes Halter
Servidores avaliarão em 6 de maio. Foto: Johannes Halter

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