Servidores de Florianópolis estão em greve
Os trabalhadores do serviço municipal de Florianópolis entraram em greve na tarde de ontem (29/4). A decisão foi tomada em assembleia com a presença de quatro mil servidores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem). A categoria considerou as propostas do governo Cesar Sousa Jr. (PSD) insuficientes e desrespeitosas. O Sinsej declara seu apoio incondicional à luta desses companheiros.
Durante esta terça-feira, comandos de greve percorrerão os locais de trabalho para mobilizar aqueles que ainda não paralisaram o serviço. No início da tarde, uma passeata sairá da Catedral Metropolitana e percorrerá o Centro da cidade. Uma reunião com a prefeitura está agendada para o final da tarde de hoje. O encontro abrirá as discussões para negociar a pauta de reivindicações.
A Campanha Salarial dos servidores da capital foi lançada no dia 21 de março. Desde então, várias reuniões foram feitas com a prefeitura para debater o atendimento das cobranças da categoria. No dia 17 de abril, uma assembleia avaliou as respostas do Executivo, chegando à conclusão de que, mesmo com alguns pequenos avanços, a proposta não contemplava a maioria dos itens. O Estado de Greve foi declarado na ocasião com o objetivo de pressionar o prefeito. Porém, não houve avanços nas negociações.
Semelhanças com Joinville
Coincidentemente, os mesmos argumentos usados pela Prefeitura de Florianópolis são utilizados pelo governo Udo Döhler (PMDB). Na capital, os trabalhadores estão usando da mobilização para neutralizar o discurso implantado na opinião pública sobre a falta de dinheiro. Para isso, eles estão utilizando a paralisação, ações pela cidade, organização de atividades culturais e uma postura firme.
Em Joinville, os trabalhadores avaliarão a proposta do Executivo na assembleia do dia 6 de maio. O resultado das rodadas de negociações até agora foram a proposta de 4% de reajuste – a inflação do período está em 7,21%, segundo o INPC –, zero no vale alimentação e a recusa da maioria dos pontos da pauta de reivindicações. Caso o cenário seja o mesmo enfrentado na capital, há a possibilidade de a categoria colocar uma mobilização em pauta.