Segundo dia de paralisação
No segundo dia da greve dos servidores públicos de Joinville cerca de 1,5 mil trabalhadores lotaram à Câmara de Vereadores para acompanhar a discussão sobre o projeto que substitui a cesta básica pelo vale-alimentação. Pressionados pelo número de manifestantes, os vereadores das comissões de Legislação e Finanças elaboraram uma emenda prevendo a reposição anual do benefício baseada no INPC.
O projeto foi aprovado agora à noite e segue para a Prefeitura. Como a modificação feita pelos vereadores pode ser considerada geração de custos para o município (o que extrapola o poder dos vereadores), a emenda pode ser rejeitada pelo prefeito. Caso isso ocorra, a palavra final é do Legislativo, que tem poder de derrubar o veto. “Pedimos para que essa Casa seja corajosa e, caso o prefeito vete o projeto, faça a lei valer”, afirmou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.
Após a participação na Câmara de Vereadores, os servidores seguiram em passeata pela Avenida Beira Rio até o Terminal Central e encerraram as atividades dessa terça-feira. Na manhã de hoje também foi realizado um “apitaço” em frente à Secretaria de Educação e à Prefeitura.
Mesa de negociações
A Prefeitura respondeu hoje (10/05), por meio de um ofício enviado ao Sinsej, que não pretende abrir negociações com o sindicato enquanto a categoria permanecer em greve. No documento, o Executivo reafirma a proposta de não conceder reajuste salarial em 2011.
A adesão à greve tem sido crescente. Ontem, cerca de 50% da categoria estava paralisada. Hoje, esse número subiu para 60%. Na área da educação, mais de 100 professores aderiram à greve nesse segundo dia. Os servidores não irão ceder enquanto não houver a abertura das negociações, com avanços para a categoria.