Ocupar nosso espaço na Câmara de Vereadores
Com características um pouco diferente da greve dos servidores municipais de Joinville, o começo de 2012 viveu um movimento de protestos em espaços públicos dos Estados Unidos chamado Ocupar Wall Street. Usando de criatividade e ousadia, colocaram em cheque a ganância e a influência das empresas sobre o governo. Logo em seguida, surgiram vários outros movimentos pelo mundo. Nesta terça-feira (21/5) será a vez de os servidores de Joinville estarem na Câmara de Vereadores (CVJ), lembrando aos parlamentares e ao governo que a força da mobilização dos trabalhadores não tem pátria.
O objetivo é para pressionar o poder Legislativo, pois a prefeitura enviou no dia 16, sem a aprovação da categoria, um projeto de lei com o reajuste de 4% em maio, 1,5% em novembro e 1,6% em dezembro. Como a maioria dos vereadores faz parte da base aliada do governo Udo Döhler, o Sinsej acredita que somente a presença massiva dos trabalhadores nas comissões e sessões poderá impedir a manobra do poder Executivo.
A programação da greve prevê que nesta tarde a concentração aconteça na CVJ. Hoje acontecerão as comissões de Legislação e Economia, ambas às 14 horas. A sessão será realizada às 17 horas. Os servidores esperam impedir que os vereadores favoráveis ao governo acelerem a votação do projeto. Além disso, os grevistas querem mais tempo para que a prefeitura retome as negociações – cortadas desde sábado – e apresente uma proposta que atenda as cobranças da categoria.
Lição para os novos vereadores
Da mesma forma que os políticos tremeram diante do Ocupar Wall Street (Rua da cidade de Manhattan considerada o coração financeiro de capitalismo mundial), os servidores grevistas querem que os vereadores de Joinville sintam a força dos servidores públicos unidos, organizados e em luta. Como houve uma grande renovação na última eleição, alguns parlamentares ainda não perceberam a força da categoria. O embate sobre o projeto de lei enviado pelo governo será uma primeira oportunidade para aprenderem.