Sindicato cobra negociações pós-greve
O Sinsej está cobrando da Prefeitura soluções para assuntos que ficaram pendentes ao fim da Campanha Salarial 2013. Estão entre as prioridades: elaboração dos projetos de lei dos acordos da greve, garantia de 15 dias de recesso em julho para todos os trabalhadores da educação, aumento do adicional noturno de 20% para 40% e desconsideração da gratificação por função no cálculo do teto do vale-alimentação.
Os detalhes sobre a forma de reposição das horas da greve foram discutidos na última quinta-feira (6/6), na primeira reunião da mesa de negociação permanente. Um dia antes a Secretaria de Gestão de Pessoas já havia divulgado uma circular com as regras de reposição, mas o texto foi melhorado em conjunto com o sindicato. De acordo com a Secretária de Gestão de pessoas, Rosane Bonessi, uma nova orientação será enviada aos locais de trabalho. Diante disso, o documento anterior (Circular 4/2013-SGP) deve ser desconsiderado. O sindicato divulgará a nova circular assim que tiver acesso a ela.
Projetos de lei
Na reunião da última quinta, o Procurador Geral do Município, Luiz Cláudio Gubbert, comprometeu-se em agendar uma reunião até amanhã (11/6) com o Sinsej. Nela, seriam apresentados os textos do decreto e projetos de lei necessários para o cumprimento dos acordos de greve. Os itens que precisam desta medida legal são: abono de janeiro de 2013, regulamentação de férias, regulamentação da lotação e transferência dos servidores, liberação de dois sindicalistas, extensão do passe professor para docentes do 6º ao 9º ano, pagamento da gratificação de Pronto Atendimento para todos os trabalhadores destas unidades.
Recesso escolar
O Sinsej também tentará agendar uma reunião com o secretário Roque Mattei para tratar do Calendário da Educação. A manutenção dos 15 dias de recesso em julho foi um acordo de greve, mas estão sendo anunciados plantões em CEIs, o que limitaria o direito de uma parte dos trabalhadores. Além da resolução desta questão, o sindicato também quer um posicionamento claro da secretaria sobre o direito ao recesso para os servidores administrativos, cozinheiras e trabalhadores operacionais das escolas.
Negociação permanente
Rosane Bonessi se comprometeu em convocar nova reunião na próxima semana. Neste dia, ela deverá apresentar o número de servidores que seriam beneficiados caso a gratificação por função não fosse considerada na hora de verificar quem tem direito ao vale-alimentação. Uma das conquistas da greve foi a extensão deste benefício para todos os trabalhadores que recebem até R$ 2,4 mil. Com a retirada deste limitador (que já existia anteriormente), mais trabalhadores seriam beneficiados.
A partir da próxima reunião, os diretores do sindicato pretendem ainda discutir a elevação do adicional noturno de 20% para 40%.