Sobre a democracia

É preciso lembrar que só houve um momento na história do Brasil em que as bandeiras partidárias foram proibidas: a ditadura militar. Durante muitos anos, milhões de jovens e trabalhadores brasileiros lutaram para reestabelecer a democracia, com a possibilidade de eleições diretas e organização em partidos. Não é contra esta conquista que o povo sai às ruas neste momento. É necessário refletir a quem serve tal discurso.

Todas as formas de organização são válidas em um país democrático, assim como a opção por não participar de nenhuma delas. Para o Sinsej, cercear a possibilidade de participação de qualquer organização em um ato público, bem como da exposição de seus símbolos, é uma afronta à democracia.

Há em meio à sociedade diferentes visões de como transformar o mundo em um lugar melhor. Existem pessoas que acreditam ser necessário não pertencer a nenhum tipo de organização, mas há os que entendem que é preciso se organizar em partidos políticos. Também há os que intervêm na sociedade por meio de entidades estudantis, de movimentos populares, entre outros. Recentemente, mais de 5 mil trabalhadores da Prefeitura de Joinville paralisaram suas atividades e foram às ruas, pois entenderam que a luta por seus direitos deve ser feita por meio de um sindicato, que por sua vez é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na mesma época, milhares de jovens joinvilenses manifestaram-se convocados pela União Joinvilense de Estudantes Secundaristas contra a reenturmação promovida pelo governo do Estado. Eles acreditam na organização estudantil.

Neste sentido todas as agremiações políticas, entidades e movimentos sociais que desejarem apoiar o ato do dia 20 de junho serão bem vindas na reunião que acontecerá na próxima quarta-feira (19/6), às 18 horas, no Sinsej.

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