Os servidores da manutenção do Zequinha não esqueceram
Por Tarcísio Tomazoni Jr.*
Ao assumir no início de 2013, a nova administração do Hospital São José fez uma reunião com todos os servidores da manutenção do hospital para avaliar a situação do setor. Na oportunidade, a direção do hospital comprometeu-se em fazer concurso público para as áreas elétrica, hidráulica, refrigeração, mecânica, marcenaria, entre outras. Isso porque há mais de seis anos não se contratam novos servidores e a situação era precária.
Além disso, a administração afirmou que não privatizaria o setor e valorizaria estes profissionais, garantindo condições dignas de trabalho. Ela pediu um voto de confiança, pois havia muitas dificuldades a serem superadas inicialmente.
Pois bem! Após sete meses e meio de administração, muito pouco da realidade destes servidores mudou. Pelo contrário. O setor de eletrônica já está terceirizado, o de refrigeração parcialmente e o de mecânica caminha pela mesma estrada.
A manutenção do São José ruma para a privatização. Não há previsão alguma de concurso público (mesmo com diversos servidores em vias de se aposentar), convive-se com desmandos da chefia, não há garantia de segurança para os profissionais (não cumprem-se requisitos básicos de segurança) e o hospital não fornece os insumos necessários para a realização das tarefas.
Para o Sinsej, está claro que no início do ano a diretoria do hospital somente enrolou os servidores da manutenção. Estes trabalhadores mostraram seu grande valor em diversos momentos de dificuldade do hospital, como no caso da quebra dos transformadores, mas agora a administração e a Prefeitura viram as costas para eles. É necessário entender que a fala mansa da direção não passa de enrolação e que a verdadeira transformação se dá na luta organizada dos trabalhadores.
* Tarcísio é diretor do Sinsej, lotado no Hospital Municipal São José