Greve dos servidores chega aos 10 dias

Ontem servidores fizeram mais um grande ato I Foto: Johannes Halter
Ontem servidores fizeram mais um grande ato I Foto: Johannes Halter

A greve dos servidores de Joinville completa hoje (29/5) dez dias. A categoria ainda aguarda uma proposta satisfatória da Prefeitura. Após novo ofício protocolado pelo Sinsej ontem, o governo chamou uma mesa de negociação nesta sexta-feira, às 10 horas. Um ato da greve já estava marcado para o mesmo dia, às 9 horas. O agendamento da reunião só reforça a necessidade de grande número de trabalhadores estarem presentes.

Ontem, uma grande manifestação em frente à Prefeitura demonstrou que a categoria não se deixou intimidar pela judicialização da greve. À tarde, os servidores lotaram a Câmara de Vereadores, pedindo aos parlamentares que trancassem a pauta. Nas redes sociais, foi lançada a hashtag #trancaapautajoao, direcionada ao presidente do Legislativo, João Carlos Gonçalves (PMDB).

Trabalhadores exigiram apoio dos vereadores I Foto: Francine Hellmann
Trabalhadores exigiram apoio dos vereadores I Foto: Francine Hellmann

A pedido dos parlamentares, os servidores permitiram que fossem votados três projetos, relacionados aos Bombeiros e ao Hospital Bethesda, de Pirabeiraba. Porém, se a greve prosseguir na próxima semana, os trabalhadores continuarão indo à Câmara. O vereador Adilson Mariano (PT) se propôs a fazer requerimentos verbais todos os dias pedindo que as sessões sejam encerradas.

Liminar

O Sinsej teve acesso à petição elaborada pela Prefeitura para conseguir a liminar determinando que todos os servidores da saúde e educação voltassem ao trabalho.

Como já informado antes, o governo omitiu ofícios do sindicato, de 25 de abril e 15 de maio, que comunicavam o estado de greve. Além disso, a Prefeitura alega no documento que em greves anteriores o sindicato teria invadido locais de trabalho, colocando em risco a saúde e a segurança de pacientes e de crianças nas escolas.

“Nos parece óbvio que essa é uma medida desesperada e ditatorial de alguém que tenta coibir um movimento legítimo dos trabalhadores”, disse o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, ontem, na Câmara de Vereadores. “Podemos afirmar que em todas as greves dos servidores municipais nessa cidade não há um registro de vandalismo e violência”.

O Sinsej recorreu ao Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal Federal. Ainda não houve nova decisão. Independente disso, a greve prossegue normalmente – e aumenta – até que a Prefeitura apresente uma proposta que seja aprovada pela categoria em assembleia.

Câmara de Vereadores continuará sendo lotada I Foto: Francine Hellmann
Câmara de Vereadores continuará sendo lotada I Foto: Francine Hellmann

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