Mais um dia sem votação na Câmara de Vereadores

Sindicato também questionou resposta de pedido de negociação pela mídia I Foto: Francine Hellmann
Sindicato também questionou Prefeitura responder pela mídia o pedido de negociação I Foto: Francine Hellmann

Base governista promete interceder pelos servidores e eles voltarão amanhã para cobrar

A pressão dos servidores municipais em greve na Câmara de Vereadores hoje (9/6) conseguiu novamente que nenhum projeto fosse votado. A base governista prometeu à categoria que, em reunião com o prefeito Udo Döhler amanhã, irá solicitar veementemente a reabertura das negociações.

No início da noite, o vereador Adilson Mariano apresentou um requerimento para que a sessão fosse encerrada. “Por considerar que o maior problema hoje da nossa cidade continua sendo a greve”, explicou. Em seguida, o vereador Maycon Cesar pediu que a votação fosse nominal.

Diante disso, a sessão foi interrompida e os diretores do Sinsej foram convidados a se reunirem com todos os parlamentares. Nela, os vereadores da base governista concordaram em interceder junto ao prefeito para que a negociação seja reaberta, desde que Mariano retirasse o requerimento apresentado.

Como faltavam menos de dez minutos para às 19 horas, horário regimental para o encerramento da sessão, Mariano acatou o pedido com o apoio do sindicato. Ele explicou aos trabalhadores que não havia mais risco de que algum projeto fosse votado hoje e que o maior objetivo do trancamento da pauta era, justamente, a pressão pela reabertura das negociações.

Amanhã, às 17 horas, os servidores voltarão à Câmara para cobrar a resposta dos vereadores. Ulrich ressaltou que é essencial a presença de ainda mais trabalhadores que hoje. Durante o dia haverá comandos de greve, com saída pela manhã às 7h30 e, à tarde, às 13h30.

Recados pela imprensa

Desde a tribuna da Câmara de Vereadores hoje, Ulrich lamentou que a Prefeitura desrespeite os servidores ao ponto de responder o pedido de reabertura das negociações pela imprensa.

Ele lembrou que, na última sexta-feira, os diretores do Sinsej fizeram uma nova solicitação de diálogo aos secretários de Comunicação, Marco Aurélio Braga, e de Gabinete, Afonso Fraiz. Na oportunidade, o sindicato reafirmou que estava à disposição para se reunir quando a Prefeitura quisesse. “São quase seis horas de segunda-feira e não recebi nenhuma ligação”, falou Ulrich. Porém, de acordo com diversos veículos de comunicação da cidade, o secretariado teria se reunido sexta à tarde e decidido não negociar.

Para o presidente do Sinsej, o próximo secretário que deveria ser convocado pela Câmara é o de Comunicação, para esclarecer de onde vieram os recursos para a campanha de mídia realizada pela Prefeitura semana passada.

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