Rodoviária será empurrada ao Ipreville

O governo Udo Döhler novamente ataca a aposentadoria dos servidores. Os jornais da cidade, na sexta-feira (25/7), anunciaram a entrega da gestão do Terminal Rodoviário Harold Nielson para o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville), dono do imóvel. A rodoviária era administrada pelo Ittran, que está sendo extinto com a reforma administrativa.

O local pertence ao Ipreville desde 1998 e é locado ao município por R$ 40 mil por mês. Na época, foi empurrado pela Prefeitura para liquidar dívidas com o instituto. Agora, o governo repassa também a administração do terminal.

Atualmente o prédio está em péssimas condições. Há anos a Prefeitura não faz manutenções adequadas na rodoviária. Os banheiros precisam de reforma completa, a iluminação está deficitária e as paredes mal conservadas. As obras serão custeadas com o abatimento de cerca de R$ 40 mil do aluguel. Ou seja, pela aposentadoria dos servidores.

Esta é a terceira vez que o governo Udo se utiliza dos recursos do Ipreville para fazer “caixa”. Primeiro foram os dois parcelamentos da cota previdenciária patronal dos servidores e, agora, é o repasse da administração da rodoviária.

Terceirização a vista

As cartas estão dadas e já foram anunciadas por colunistas da cidade. Após a rodoviária ser reformada com o recurso da aposentadoria dos servidores, ela deverá ser privatizada. Ou seja, quando o prédio estiver em boas condições será entregue a uma empresa, que lucrará sobre um serviço que deveria ser público.

O Sinsej está atento a esta situação e alerta a categoria para os ataques do governo, que não desiste de utilizar-se do dinheiro da previdência de seus trabalhadores.

Origem do problema do Ipreville

Para o Sinsej, o problema se origina no formato de previdência dos trabalhadores da Prefeitura de Joinville.  A direção do sindicato, ao lado de diversas entidades do país, defende que todos os servidores públicos deveriam participar do regime geral. “Os regimes próprios de previdência social são a porta para a falência”, explica o diretor do sindicato Josiano Godoi.

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