Posto de saúde no Estevão continua fechado

Há mais de dois anos servidores e comunidade esperam por um novo local para o Posto de Saúde no Estevão de Matos. Após ser interditado pela Vigilância Sanitária e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em fevereiro de 2012, o prédio foi fechado e não mais reaberto. Desde então, inúmeros prazos para a resolução do problema foram dados pela Prefeitura de Joinville, mas nenhum cumprido.

A última promessa, feita pelo prefeito Udo Döhler e já vencida, era alugar e adequar um novo local até o fim de julho deste ano. Hoje, dia 31, isso ainda não aconteceu.

Comunidade e servidores fizeram várias manifestações I Foto: Johannes Halter
Comunidade e servidores fizeram várias manifestações I Foto: Johannes Halter

Breve histórico

Em 2009, a Unidade de Saúde do Estevão de Matos, instalada em um prédio alugado, estava em péssimas condições para atender a população e dar condições dignas de trabalho aos servidores. Em 2010, depois de várias reuniões e da cobrança da comunidade, a Prefeitura decidiu alugar um novo local para o posto. O prédio escolhido foi o do antigo “Mercado FJ”. O aluguel custou R$ 3,5 mil mensais e começou a ser pago em setembro de 2010.

Em abril de 2011, com o posto em funcionamento, o Executivo disse que o mesmo precisava de reformas. A Prefeitura comprometeu-se com a comunidade, em reunião com o Conselho Local de Saúde, a deixar tudo pronto até setembro do ano seguinte.

Porém, em fevereiro de 2012, o Posto de Saúde do Estevão de Matos foi interditado pela Vigilância Sanitária e pelo Cerest. Desde então não foi reaberto. Os trabalhadores foram remanejados para a Unidade de Saúde do Jardim Edilene, comunidade ao lado. Os moradores das duas localidades passaram a ser atendidos juntos.

Em 2012, prédio alugado foi interditado
Em 2012, prédio alugado foi interditado

Dois anos depois, em 2014, a situação ainda não tinha sido resolvida e houve uma nova interdição. Segundo o laudo, havia “sobreposição das equipes em local inadequado”. Por sugestão do Sinsej, o posto passou a funcionar em dois períodos, com a jornada dos trabalhadores reduzida temporariamente. Pela manhã, atendem-se os moradores do Jardim Edilene e, à tarde, os do Estevão de Matos. Porém, as condições continuam precárias.

Ao todo, o sindicato esteve ao lado dos trabalhadores e da comunidade em cinco manifestações para cobrar solução, incluindo um ato em frente à Prefeitura. O vice-presidente do Sinsej, Tarcísio Tomazoni Junior, afirma que “o histórico de enrolação é longo e até agora nenhum prazo foi cumprido”. Para ele, a cobrança precisa continuar acontecendo. “É a única forma de garantir que a Prefeitura solucione o problema”.

No cronograma estipulado pela Prefeitura em meio às várias cobranças, a última etapa da resolução do problema seria a entrega de um prédio próprio para o Posto de Saúde do Estevão de Matos em abril de 2015.

Diversos prazos já foram descumpridos I Foto: Johannes Halter
Diversos prazos já foram descumpridos I Foto: Johannes Halter

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