Assistência Social pode entrar em greve
Servidores do Abrigo Infantil e da Casa Abrigo Viva Rosa, em Joinville, fizeram hoje (12/8) um dia de paralisação. Eles pedem que o prefeito Udo Döhler não altere a atual escala de trabalho nesses locais, que é de 12 horas de trabalho intercaladas por 60 de descanso.
Após ser acionado pelos funcionários e pelo sindicato sobre a necessidade de mais contratações, o Executivo decidiu aumentar a jornada em 40%, modificando a escala para 12 por 36 horas. Para o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, o prefeito descumpre a promessa de campanha de não aumentar a jornada dos servidores municipais.
Pela manhã, os trabalhadores concentraram-se em frente à Secretaria de Assistência Social e conversaram com o secretário Bráulio Barbosa, mas ele apenas comunicou que a Prefeitura pretende manter a posição de aumentar a jornada de trabalho. No início da tarde, diretores do Sinsej e manifestantes reuniram-se com a secretária de Gestão de Pessoas, Rosane Bonessi, também sem sucesso.
Uma assembleia com todos os servidores da Assistência Social está convocada para sexta-feira (15/8), às 16 horas, no Sinsej. Um ofício foi protocolado no gabinete do prefeito e, caso não haja resposta positiva, até o fim da semana, os trabalhadores da secretaria poderão deflagrar greve a partir da próxima segunda-feira.
O Abrigo Infanto Juvenil recebe crianças e adolescentes cujos direitos foram violados. A Casa Abrigo Viva Rosa acolhe mulheres vítimas de violência. Nos dois locais existe necessidade de atendimento 24 horas e aos fins de semana. A escala cumprida por esses servidores totaliza 120 horas mensais e é a mesma da Maternidade Darcy Vargas e Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Diversos outros setores da própria Prefeitura trabalham a mesma quantidade de horas. O Estatuto dos Servidores de Joinville define uma carga máxima de 44 horas semanais, não mínima.
Texto atualizado em 12/8, às 18h33.
Fotos da galeria: João Diego Leite