Conselho discutiu descontos da greve e Educação

Ataques do governo fortalecem a organização da categoria I Foto: Aline Seitenfus
Ataques do governo fortalecem a organização da categoria I Foto: Aline Seitenfus

No dia 7 de novembro reuniu-se o Conselho de Representantes por Local de Trabalho de Joinville. A principal discussão da noite foi o desconto salarial referente à greve. No final do mês passado, a Prefeitura deu um novo susto na categoria, atrasando a primeira parcela do décimo terceiro e mantendo o desconto na folha de outubro. A situação causou muita confusão entre os trabalhadores – que em alguns casos teriam o salário zerado – e só foi revertida após intervenção do sindicato.

O Conselho avaliou que, ao contrário do que a Prefeitura pretende, a insistência em punir quem participou da greve amplia a consciência dos trabalhadores. Os representantes acreditam que no próximo período os servidores estarão ainda mais preparados para continuarem se organizando.

Educação

No encontro, também foram levantadas diversas situações que dificultam o desenvolvimento das atividades na rede municipal. Houve denúncias de fechamento de turmas em várias unidades. “O sindicato chama a atenção para as consequências desta atitude, que serão sentidas no rebaixamento da qualidade do ensino e da piora das condições laborais e de saúde para os profissionais”, escreveu o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, em ofício enviado à Secretaria de Educação.

Os educadores exigem ainda a instalação de aparelhos de ar condicionado nas salas de aula, o fim da hora “termo”, a concessão do passe-professor, o enquadramento do doutorado na tabela salarial, a apresentação de uma proposta para a implantação dos 33% de hora-atividade (prevista em lei federal desde 2008), aplicação da proposta da categoria para o calendário 2015, aplicação de jornada de 30 horas para os agentes administrativos das escolas e a incorporação dos Auxiliares no Plano de Carreira do Magistério. A maior parte destas questões são acordos das campanhas salariais de 2013 e 2014, ainda não cumpridos.

O sindicato enviará um ofício à Secretaria de Educação com todas estas reivindicações e uma carta aberta será distribuída à comunidade denunciando os abusos do governo. Caso não sejam apresentadas soluções até a próxima reunião do Conselho, que acontecerá em 3 de dezembro, às 14 horas, no Sinsej, o magistério poderá paralisar suas atividades ainda este ano.

Conselho Discutiu Descontos Da Greve E Educação

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