Udo foge da negociação e greve continua
Com vaias. Assim os trabalhadores em greve no São José receberam o informe da reunião que deveria ter sido realizada hoje (31/7) entre Sinsej e Governo. O prefeito não esteve presente e informou, por meio de seus secretários, que vai cortar a insalubridade de mais de 120 servidores. A paralisação continua e só irá encerrar quando Udo Döhler retirar o anúncio de corte de insalubridade e aceitar negociar as demais reivindicações. A decisão unânime foi tomada em assembleia, às 17 horas, desta sexta-feira.
A partir de segunda-feira (3/8) os grevistas vão intensificar a mobilização, conversando com os servidores dos demais setores e convidando toda a categoria para uma reunião ampliada do Conselho de Representantes na quinta (6/8), às 19 horas, no Sinsej. Também será feito um trabalho de conscientização na comunidade e na porta das fábricas.
Além da exigência de que não haja cortes no direito à insalubridade, os servidores pedem o fornecimento de uniformes, a extensão de gratificação de alta complexidade a todos os funcionários do Hospital e pagamento de adicional de insalubridade aos setores que atendem pacientes com doenças infectocontagiosas em isolamento.
Prefeito não negocia
O Sinsej fez diversas tentativas de negociar o corte da insalubridade antes da greve ser iniciada. Durante esta semana, a diretoria do sindicato solicitou oficialmente o adiantamento da reunião de hoje. No entanto, o pedido foi negado sob a alegação de que o prefeito só poderia estar presente hoje. O que não aconteceu. “Udo Döhler ter faltado na audiência demonstra seu desinteresse com os servidores do hospital e com a saúde de todos os joinvilenses”, avaliou o diretor do sindicato, Tarcísio Tomazoni Júnior. “O prefeito, que não utiliza o serviço público de saúde, de forma irresponsável mantém a categoria em greve, punindo a população e economizando”.
O governo mantém em sigilo o laudo ambiental, encomendado com dinheiro público, que baliza os cortes de insalubridade. O sindicato não reconhece esse documento. “É impossível convencer os trabalhadores e a comunidade de que o São José não é completamente insalubre”, considera Tarcísio.
#AparecePrefeito
#ResolvePrefeito
*Texto atualizado às 20 horas.