Maioria dos vereadores concorda com abono e reposição da greve
A votação do projeto de lei que trata sobre a insalubridade dos servidores de Joinville (PLC 41/2015) foi novamente adiada nessa segunda (17/8). À tarde, os diretores do Sinsej e o vereador Adilson Mariano coletaram assinaturas dos parlamentares em uma emenda supressiva que, na prática, transforma a proposta em um dispositivo para garantir o abono de 50% dos dias da greve e a possibilidade de reposição até fevereiro de 2016 da outra metade do período.
Esse movimento foi encaminhamento da assembleia dos servidores do São José, realizada ao meio dia na barraca em frente ao Hospital. Na última sexta-feira, o prefeito Udo Döhler defendeu descontar 50% das horas de greve, mas cedeu concordando em não aplicar o novo laudo até que o sindicato analise e conteste o documento. Diante disso, os trabalhadores decidiram retirar os demais itens do projeto e direcionar esforços para que a questão dos dias fosse aprovada pela Câmara.
Ao analisar a proposta na íntegra, na tarde de hoje, a comissão de Finanças do Legislativo emitiu parecer contrário. No entanto, a emenda supressiva, que transforma o PLC apenas na garantia de abono e reposição dos dias parados, recebeu a assinatura de 15 dos 19 vereadores, incluindo os membros da base do governo.
Após ser aprovado pela Câmara, o projeto precisará ser sancionado pelo prefeito. Caso ele rejeite, o veto ainda pode ser derrubado pelos vereadores. “O sindicato, os servidores e toda a população espera que Udo Döhler sancione o PLC permitindo o fim da greve e a retomada do atendimento à população”, disse Ulrich Beathalter, presidente do Sinsej.
Dessa forma, a mobilização deve permanecer firme até a sanção do projeto. Todos os trabalhadores estão convocados a retornar ao Legislativo, para a sessão desta terça-feira, a partir das 17 horas. Logo após, haverá assembleia dos servidores, na própria Câmara de Vereadores, para definir os rumos do movimento.
Texto atualizado em 18/8, às 14h04